segunda-feira, 27 de maio de 2013

Meus pintinhos amarelinhos... (RS)


Noite cortada (acorda/dorme/acorda/dorme) é uma novela pra mim sabe?
Mas ontem, rendeu praticamente "novela mexicana" mesmo.
Fato é que não costumo sonhar com frequência, ainda mais em "noite cortada",
mas ontem era mesmo "a" noite.
Deu nisso:
eu acordava assim bem zonza, vendo tudo "nublado" sem saber direito onde estava e quem era eu...
(hauhahuahuahua - como assim: "quem sou eu?!")
aí, aparecia uma enfermeira e dizia:
"você está bem, a criança também. Graças a Deus você acordou.
Ontem completou 2 meses do seu coma, mas agora vai ficar tudo bem".
e eu: "ã?!"
Pronto, ela já coloca uma bebezinha LINDA nos meus braços ("Jurema")
e de repente eu já estava em casa sendo MÃE!
Acordei com uma sensação boa demais, me sentindo uma galinha com uma ninhada de pintinhos, rs.
Coisa boa deve ser a sensação de ter "seus pintinhos", de ser mãe.
(...)
Ter uma razão lógica, física, incomensurávél e indescritível para viver
(além de nós mesmos, muito além...), para acordar, para trabalhar, para ser forte, para ficar feliz,
para tudo tudo tudo.
É difícil viver quando não se tem por que. Quer motivo melhor do que um filho?
Fico realmente em choque quando alguém me conta de mães desnaturadas que não estão nem
aí para os rebentos... é lamentável.
Numa pessoa dessa, falta um quê mínimo de humanização, de sensibilidade.
(...)
Anteontem no GNT assisti um documentário INESQUECÍVEL: "Dear Zachary" sobre pais e filhos, sobre ser forte, sobre amar e sobre loucura.
Acredito que ser mãe é vocação. Pena que nem toda mulher pense assim.
Aí quem "paga o pato" são as pobres crianças.
(...)
Um dia quero meus pintinhos. Quero muito mais razão para viver e ser feliz.
Até lá, jogo milho no quintal para Mônica e Magali - nossas galinhas de "estimação"
(coisas de painho, que "adota" sempre novos irmãozinhos para todos nós, rs).
MARI.
:)
obs: escrita entrecortada, rs. Mas é que estava querendo tocar neste (s) assunto faz tempo...
terminei embolando tudo num post só. Conversa de doido, sabe como é?! rs

quarta-feira, 22 de maio de 2013

"...o que é a verdade?"


Hoje estava limpando uns diários bem antigos (hora do intervalo sabe como é...)
quando li uma passagem de uns 5 anos atrás.
Era um dia em que um professor da universidade
foi até nossa sala justamente dizer que não daria aula naquele dia
por que sua filha estava entre a vida e a morte no hospital após um acidente de carro.
Havia dias que a menina estava em coma e não respondia a tratamento nenhum.
Ele parecia desolado, sempre nos falava da menina entre um conteúdo e outro.
Uma amiga disse: "vou rezar professor, Deus não vai desampará-la"
e ele respondeu: "Deus? Ah, por favor! Os médicos é que não podem desampará-la!"
a amiga continuou: "na hora do desespero o senhor não apela para Deus?"
e ele: "Deus? Que Deus? A ciência médica é minha esperança!"
a amiga retrucou: "...algumas coisas nem a ciência dão jeito professor,
é preciso ter fé! O senhor não reza por ela?"
e ele: "quando penso nela prefiro ter esperança. Não tenho fé."
(...)
A colega era do tipo: "acredito em Deus"- não era ligada a religião específica nenhuma.
(e sempre achei que possuía muito mais religiosidade do que muita gente por ai...).
Sei lá... neste dia, senti muita pena desse professor.
Neste dia o professor, sem querer, me ensinou tanto...
Tive vontade de lhe oferecer meu colo para ele chorar.
A gente via nitidamente o desespero nos olhos dele, a preocupação estampada na cara.
Que coisa mais triste, mais deprimente, você precisar de consolo espiritual, de fé, de Deus
e não possuí-lo. Não reconhecê-lo.
Em que essa criatura se ampara quando a ciência não pode mais lhe responder as indagações?
Não é possível que a pessoa não passe por nenhuma situação na vida em sinta a presença de Deus. Não é possível!
Deus está em tudo: no vento, nas flores, na chuva, na moça simpática que lhe atende no supermercado, no olhar do seu bichinho de estimação, naquele amigo que faz tudo por você,
na letra/melodia daquela música que toca seu coração. Enfim...
Como pode alguém deter tanto conhecimento e não ter a sensibilidade mínima para sentir?
Tem tanta gente "sábia" assim, descrente.
Eu tenho pena...
E, em muitos casos, se revestem da superioridade científica como se a ciência,
fosse a "verdade" e a fé fosse coisa pejorativa, menor, desvaloroza,
coisa meio folclórica, popular (no sentido do uso "ruim" do termo)...
Quando vejo e convivo com pessoas assim "cientificamente munidas de sabedoria" e certezas
só me lembro da melhor e mais profunda colocação de Jesus, o Cristo, quando Pilatos lhe interrogou
e lhe pediu para que se defendesse das acusações que lhe recaiam.
Pilatos lhe perguntou se as acusações que lhe eram dirigidas eram verdade
e a única coisa que Jesus, o Cristo, respondeu/disse naquele interrogatório todo foi:
"... o que é a verdade?".
(...)
Minha vontade, naquele momento, era perguntar isso ao professor:
" e agora, nesta situação... o que é a verdade? Cadê a sua ciência para salvar sua filha?"
Deus é vida. Sempre. (o problema para muitos talvez seja o conceito de "vida"...)
Deus: Só Ele sabe de todas as coisas.
Só Ele espera na soleira da sua porta até que você resolva abri-la para Ele entrar - mesmo que isso leve a vida inteira.
Deus é como o pó colorido desta imagem:
ou você se permite e se"lambuza" com Ele deixando-o agir e tendo fé de verdade,
ou vai seguir a vida assim, perdendo a chance de sentir que está sempre acompanhado
de alguém que ama tanto, tanto a gente... essa é a verdade. A única verdade.
...é que o essencial é invisível aos olhos e muita gente enxerga mas não sabe ver.
É triste, literalmente.
Pensa nisso.
MARI.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Ser ou não formal, eis a questão.


E ontem era esse o debate aqui em casa:
de que vale a formalidade? Para que serve a burocracia?
Serve para alguma coisa além de nos fazer perder tempo?
Bom, isso tudo é tão relativo.
A formalidade, para mim por exemplo - e descobri isso pesquisando pro mestrado -
é intrinseca. É inata a minha pessoa, seja pela escola que frequentei, pelas atividades extra curriculares que fiz ou pela educação que recebi.
Não consigo simplesmente ser informal ou não formal.
Consigo ser descontraída, não ser neurótica. Mas ainda assim reconheço que sigo formal.
Prefiro sempre a limpeza, o planejamento, a arrumação, a educação, a classe, a consideração.
Claro, existem mil e uma situações em que a gente se coloca em que nada disso é possível, mas
entendo que são exceções, casos extremos.
No geral, entendi e me auto-conheci em processo de mestrado, que a desordem, a improvisão, a liberdade da experimentação e até as companhias que escolhemos podem e deveriam ser minimamente formalizadas.
Não gosto da sensação da falta completa de controle, da insegurança ou da incerteza.
Se eu pudesse, até o incerto seria planejado.
Não sou a favor de excessos, de exageros. Tudo demais é veneno.
Formalidade demais uma hora vira frescura - com o perdão do termo.
Cerimônia demais nos afasta do calor do outro, a relação afetuosa que pode-se criar.
É preciso encontrar o caminho do meio, é preciso não misturar as coisas.
Tem hora e lugar para tudo. Educação e respeito não fazem mal em hora nenhuma.
MARI
:)

domingo, 19 de maio de 2013

Por e Com você.

(legenda: "...e o meu papel que antes branco começa a ser impresso por (e com) você!)
 
Porque será que eu sempre lembro dos outros
e as pessoas parece (ou são ótimos atores, rs) que nunca lembram de mim?
Quero que saiba, você que de alguma forma e do seu jeito imprimiu sua presença
na minha página antes branca: nunca, nunca vou te esquecer.
Sou feita de boa memória. Valorizo as lembranças demais. São ricos bens para mim.
Por tanto, pode ser até que eu não lembre bem da onde ou que esqueça seu nome,
mas se você soube imprimir sua presença na minha vida, pode ter certeza, eu não vou te esquecer.
Não vou te esquecer.
MARI
:)
ps. um salve a amiga Mariana Dore. Este post também diz muito a ela.


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Coisas que eu sei

(Foto: passeio lindo e inesquecível em Costa do Sauípe/BA)

O mais difícil é ter calma, agir somente com ela.
O mais difícil é ser calma, não me assustar.
O mais difícil é não ter medo, não hesitar.
O mais difícil é pensar e pensar e não conseguir chegar a nenhum lugar.
Essa sou eu, muito prazer: "Pensando sempre... sempre a pensar".
(ah, muito mais fácil seria se falta de memória, razão e valores eu tivesse,
aí tudo se decidiria rapidamente, sem piscar).

(...)

É incrível como a vida nos coloca em situações sempre para nos testar.
Até onde vai aquilo tudo em que dizemos acreditar?
Até onde vai a sua fé? Que lugar na sua vida ela deve ocupar?
Vale a pena o destemor de tudo e a todos enfrentar?
Medo não é bom, prefiro o respeito no seu lugar.
Eu não temo a Deus mas sei que a Ele devo respeitar,
pois foi Ele que me deu TUDO, até o ar para respirar!
Segundo a filosofia é "saudável" questionar,
mas, a meu ver, é preciso ter cuidado para não "desafiar".
Todo caminho é uma escolha e toda escolha leva a algum lugar.
Não consigo fazer escolhas sem antes tudo pesar.
Um passo dado muitas vezes não se pode retornar,
e é preciso estar bem certo e seguro para não se machucar.
A vida só é uma e é preciso com ela saber lidar.
Enquanto houver receios o melhor é esperar,
afinal, de cabeça quente, ninguém deve se manifestar.
(e nesta hora como é difícil esperar a "poeira baixar").
MARI

(ps. depois do cordel que fiz para a Escola Pedro Calmon, estou assim:
escrevo uma linha e na segunda lá estou eu procurando rimar. Ó céus.rs).

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Navegar é preciso. Viver não é preciso não.


Os últimos dias me têm feito refletir sobre a nossa vida.
Sobre como o hoje já é ontem no próximo segundo, e sobre como,
apesar de sermos passageiros, podemos ser tudo aquilo que quisermos ser.
De fato, não basta só querer, é preciso fazer acontecer.
Entendo que a vida da gente não segue a lógica e nem pode ser apreendida no horóscopo diário.
Acredito que o "grosso" da nossa vida, o nosso destino, em linha gerais, já está traçado
desde quando nascemos. Todavia, ele não é imutável, inflexível. Claro que não.
Para tanto, existe o !livre arbítrio!: Somos nós quem escolhemos nossos caminhos.
Somos nós quem decidimos lutar para manter as portas abertas
ou para fazer nem que seja uma janelinha se abrir.
Afinal, até acredito na sorte, mas é preciso estar preparado e bem disposto para quando ela chegar.
Não adianta ficar parado esperando o milagre acontecer. O milagre somos nós.
(...)
Somos livres e TUDO podemos.
Mas liberdade mesmo, é ser livre até para escolher não ser.
Isso para mim, é o mais incrível da liberdade.
(...)
Nossa vida, no final das contas, é aquilo o que fazemos com ela.
As pessoas que por ela passam e que nela ficam são resultado dos caminhos que traçamos.
E olha, por mais determinista que eu seja (em muitos casos, rs) não há como negar que há muitos
benefícios na imprecisão da vida de nós todos. Mas é preciso fazer disso um ônus.
É preciso reverter a imprecisão e fazer dela oportunidade de transformação.
Agora, querer só é poder, se a gente levanta o bumbum da cadeira e corre atrás.
Ficar se queixando, se lamentando, se lamuriando...além de afastar os outros, só nos faz
seres mais negativos e amargos. Só nos faz perder tempo, deixando a vida passar.
E como é triste uma criatura amarga... ah, se elas soubessem...
(...)
A vida não pode só passar por mim, sou eu que tenho que passar por ela.
Mas, passar pela vida, ao meu ver, não significa "tocar o terror" e "fazer e acontecer",
significa vive-la em plenitude respeitando meus limites e os limites dos outros.
E, se for o caso, abrindo mão de parte das minhas certezas, permitindo-me re-construir minhas perspectivas quando preciso.
(...)
É sempre bom lembrar q não somos ilhas, não podemos viver sozinhos
(apesar de muitas vezes eu assim o desejar...)
Somos seres humanos, e por tanto sociais.
Precisamos uns dos outros. Se não por afeto verdadeiro (o que deveria ser genuinamente próprio a todos nós) na pior das hipóteses, que seja por interesse. Digo isto porque as pessoas parece que esquecem mas dia TODOS NÓS seremos idosos e não conseguiremos fazer tudo que fazemos...
é realmente uma pena que nem todo mundo pense assim.
Ah, se a juventude, a independência e os "narizes em pé" fossem eternos... mas não são. Não são.
A verdadezinha é que se, e somente se, formos muito abençoados e tivermos nos cuidando o suficiente, ficaremos todos idosos e precisaremos cada dia mais daqueles que nos amam incondicionalmente - que com o tempo se mostraram bem poucos.
Na alegria, riqueza e na juventude é bom demais "amar".
E depois? E na velhice, quem estará conosco? Quem?
É preciso ser bom jardineiro no presente se quisermos colher flores dignas no futuro.
(...)
Navegar pode até ser preciso. Mas viver, definitivamente não o é.
(post com mil e um assuntos misturados! Valei-me meu Deus, que doidiça!rs)
MARI.