quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

A difícil arte de ser eu mesma


Iniciando mais um ano, e como sempre chhhhhhhhhhheio de novidades,
com muitas das minhas recorrentes questões vindo a tona.
Todavia, percebo que boa parte delas está associada a uma,
a maior de todas que é o desejo enlouquecido pelo meu lugar.
Talvez, e penso que há uma probabilidade bem grande,
esse ano seja o ano da minha "VIRADA" e dessa grande conquista.
(será?!)
Um dos meus maiores impasses sempre foi o financeiro e, bom,
penso que pela primeira vez na vida essa não é mais a questão.
(será?!)
Outro, seria a "turbulência" que eu causaria junto aos que amo devido a essa "novidade".
(será?!)
Esse ano, provavelmente, será aquele em que mesmo diante dos "velhos" obstáculos
eu consiga enfim me realizar.
Não gosto mesmo de criar expectativas... tantas vezes sonho e já sonhei com isso até acordada?
Mas quando o farei sem riscos?
Haverá circunstância perfeita?
Angústia me define nesse momento.
No mais, ando cansada de evitar turbulência alheia e seguir mantendo a minha.
MARI
PS. 2015 é o ano do "vamos ver".

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Semana dos Professores...

Nesta semana comemoraremos o Dia dos Professores
(categoria na qual me enquadro oficialmente desde 2009).
Por isso, resolvi postar aqui algumas reflexões sobre a função...
Hoje, cá estou eu com meus botões de cara com essa imagem,
com a qual me deparo desde a infância, quando dos primeiros anos na escola:
o lamento, rabugice e "auto-flagelismo" docente. 
Ah, coleguinhas de profissão... 
que triste sina a daqueles de vivem só para trabalhar 
e que trabalham com tanto pesar, lamentação, pessimismo e
que, consequentemente, só contribuem para reproduzir uma imagem
e sensação generalizada na sociedade 
(e nos alunos, aqueles com os quais lidamos diariamente)
de somos infelizes sofredoras criaturas mal remuneradas 
constantemente enfezadas e cheia de desaforos a vomitar...
Pocha, que saco!
Vivemos - graças a Deus - numa democracia e sob a tutela divina
(creio eu) do livre arbítrio.
NINGUÉM entra na carreira iludido, enganado.
Sabe-se muito bem do terreno em que pisa, desde  o princípio da graduação!
Logo, se ainda assim seguiu-se nele, há sempre a justificativa clássica:
" foi por vocação..."
Mas que "raio" de vocação tão auto-lastimável é essa?!
Será possível que você não "merece coisa melhor", 
caro amigo "professor vocacionado"?! 
Será possível que esse "triste" salário 
você não consegue vendendo laranja na feira 
sem esse "horroroso" cotidiano de sala de aula 
e o contato"interessante" bastidor escolar?!
A questão, a meu ver (uma mera "professora em inicio de carreira"),
está a acomodação de muitos "colegas" docentes que gostam mesmo, 
e no fundo, de praticar o seu esporte preferido:
o falatório.
Sim, por que esses, os que mais difamam tudo e todos, engraçado,
são - geralmente - OS QUE MENOS deveriam falar...
Ok, Ok... há problemas, deficiências, 
desvios e zilhões de desistímulos em nossa profissão,
não há como negar (e seria hipocrisia não reconhecê-los),
mas ainda assim penso que se o "desgosto" pesa mais que o "gosto" 
(e seja lá em que caminho for) por que insistir nele e se tornar uma 
profissional amarga e "desgostante"?
É o filho, a casa ou as contas que te fazem prisioneiros da infelicidade?
Mas não deveria, o filho, a casa e as contas, serem sinônimo de vida
ativa e pulsante e não de frustração e lamento!?
Pensemos (e repensemos) nossas livres escolhas nessa semana, 
amigos professores.
Afinal, se tem um "herança" que carregamos em nossa profissão
(gostemos ou não) é a de sermos espelhos diretos de tudo o que 
pensamos, dizemos e fazemos, tanto para os alunos como,
principalmente para as "jovens professorinhas em início de carreira"
feito... EU, rs.
Os meus espelhos (na maioria das vezes), sinceramente, 
nessa minha "breve" carreira docente 
têm sido infelizmente, bem assim como na imagem:
lamentadores e lamentáveis....


É preciso que reavaliemos nossas vocações!


Eu tenho, e você colega professor, também deveria ter

vocação para ser FELIZ - principalmente na carreira a qual

dedica-se boa parte das energias e aspirações na vida.

Por um mundo com professores mais felizes...amém!

FELIZ DIA DOS PROFESSORES.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Ler é o melhor remédio!

Bom dia para você que cumpriu com sucesso a meta das férias: LER!
Nestas férias, eu me comprometi a colocar em dia a "leitura de entretenimento"
(diferente das "leituras de trabalho/estudo").
São as perdas de madrugadas, lágrimas e unhas mais felizes de todas, rs.
Sendo assim, em junho estive:
no Paquistão-Afeganistão-Cuba dos anos 2000
com "Cinco anos de minha vida" de Murat Kurnaz.
O livro é um relato explícito e sem arrodeios dos bastidores
das políticas "anti-terroristas" da base de Guantânamo no governo Bush.
Gostei muito da escrita e de conhecer esse universo.
Depois fui à Geórgia/EUA do séc.XIX com
Solomon Northup no seu comovente "12 anos de es escravidão".
(Pocha, que presente poder me deleitar com uma fonte histórica dessas,
livro inspirador, extremamente profundo e emocionante).
Aí dei um pulinho em São Paulo dos anos 1990 pelas aventuras
de Funny Abramovich no seu "Que raio de professora sou eu?!".
Livro suave e divertido sobre uma professora de História e seu
cotidiano. Muito bom relaxamento e risadas.

Por fim, numa mesma "viagem"
estive nos EUA-ITÁLIA-ÍNDIA-BALI na companhia engrandecedora
da, legitimamente humana em crise, Elizabeth Gilbert.
Este livro é muito interessante. Que coisa linda nos depararmos
com uma escrita acessível e tão auto-biográfica
que nos permite adentrar em suas aflições mais íntimas...
Quantas reflexões podem ser feitas a partir dessa leitura...
muito, muito, muito bom.
É isso gente. Cada leitura dessa, teve um sabor diferente.
Recomendo cada uma delas pois em tantos aspectos me fez pensar...
Recomendo mais ainda a LEITURA.
Ler é mesmo, e sem dúvida, o melhor remédio.
De que outra forma aprenderia e viajaria tanto e em tão pouco tempo?

MARI

terça-feira, 8 de julho de 2014

Culto a dor



Cada vez mais me deparo com pessoas BEM próximas a mim que sofrem.
São pessoas que reconhecem seu próprio sofrimento, o que a meu ver já é super passo
rumo a mudança da situação, maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas que se veêm como "sofredores forever".
É difícil de explicar...
e eu juro que tento entendê-los mas as vezes a minha revolta é maior que meu racionalismo.
São pessoas inteligentes, conscientes da dor e da infelicidade nas quais estão imersas.
São pessoas capazes de perceber que estão nesta situação por escolhas pessoais que fizeram.
São pessoas que sabem que estão auto mutilando seus corações, esperanças, auto-estimas.
São pessoas que sabem que os ÚNICOS que podem mudar o cenário são eles mesmos.
E então... fico revoltada pensando: "Por que não agem? Por que não tomam uma atitude?"
Será mesmo possível que alguém simplesmente prefira viver chorando, infeliz, descontente,
humilhado, sem perspectivas ou esperanças a ser livremente FELIZ?!.
Eu admito que olhando de fora COM CERTEZA é mais fácil pensar em ação, em mudança.
COM CERTEZA para quem vive a situação ser assertivo e fazer a diferença acontecer não é simples,
mas é possível. É imprescindível!
Como é difícil para mim ficar aqui de fora, dando conselhos, pitacos, me metendo
(claro, somente quando me pedem "socorro" muitas vezes aos prantos)
sem poder, de fato, efetivar uma melhora na vida daquele que sofre e a quem tanto quero bem.
Queria muito ter o "poder" de chegar na vida dele e dizer:
"- acabou a palhaçada! A partir de agora vai ser assim, assim e assado!".
Mas não posso... as pessoas são maiores de idade. São senhores de seus destinos.
Assisto a seus sofrimentos com o coração apertadinho e a revolta crescente
mas não posso, ninguém pode, resolver questões que lhes pertencem...
muitas vezes em nossas vidas tomar certas atitudes só nós mesmos podemos fazer, decidir.
Eu tento fazer o que posso:
aponto caminhos, ilumino perspectivas de um futuro melhor e lembro que a felicidade não tem que ser
"um dia, quem sabe"... a felicidade tem que ser agora, JÁ!
É triste perceber como para muitos sofrer é mais confortável do que correr o risco de ser feliz.
Em nosso tempo, parece que o triste "culto a dor" é permanente.
MARI

:/

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Entender e Aceitar.


Penso em como é complexa a função dos psicólogos:
entender o que se passa no íntimo e profundezas de nossos sentimentos e mentes
é mesmo, me parece, como mergulhar num poço sem fundo e sem perspectivas...
afinal, tudo pode acontecer.
Entender o que o outro pensa é praticamente entender o que o outro é.
Porque, em grande parte, somos aquilo que pensamos.
Ultimamente tenho pensado mais nisso a partir da (re)leitura de dois GRANDES filmes
que revi: "12 anos de escravidão" e "O julgamento de Nuremberg".
Em tantos aspectos pude refletir sobre a figura do anti-semita e o escravista...
como ambos possuem convergências, tristes.
E, a partir daí, me vi pensando como é importante entender as pessoas em TODO o entorno no qual ela está inserida (histórico, cultural, educacional, econômico, social, político...).
São tantas as complexidades, referências, influências e inferências que faz de nós o que somos... somos o resultado de todas elas e, mais do que isso, somos o reflexo do que fazemos com todas elas juntas.
Entender o outro não pressupõe - de forma alguma - que o aceitemos ou que o livremos da eventual culpa que tenha em situações A ou B.
Entender o outro nos faz, ao menos aos meus olhos, perceber sua essência e seu comportamento
condicionado a ideologias e filosofias - mesmo que implícitas e por ele não reconhecidas.
O dono do escravo o vê, lê, cheira, percebe e trata como uma mercadoria, uma coisa.
O anti-semita, olha para o judeu como um rato, uma coisa que é culpada por suas desgraças
e que precisa ser eliminada.
Nenhum dos dois vê no outro uma pessoa, gente, seres humanos. Logo, suas ações para com esses,
não são humanas, e nem deveriam...
Vejam, longe de mim parecer que estou aqui defendendo a inquestionável
desumanidade de escravistas e anti-semitas, mas percebamos também como se engrenda seus pensamentos e como para esses homens desumanos em seus atos, segundo eles, não há desumanidade.
E ai, você entende por que mesmo a beira da forca, grandes nazistas morrem dando "Heil"a Hitler.
A que nível de desumanidade, de maldade - no sentido literal do termo - pode chegar uma pessoa, um ser humano, se embriagado por ideologias ou culturas manipuladamente reproduzidas?!
No final, concluo essa imersão reflexiva de semanas pensando que...
se podemos com a força da filosofia materializada em cultura, ideologia, discurso e práticas ser
DESUMANOS E MAUS e aceitar isso com uma naturalidade assombrosa, por que não podemos
fazê-lo para sermos mais HUMANOS, FRATERNOS E EM PROL DO E PARA O BEM?!
Por que foi e é tão difícil para o homem "amar o outro como a si mesmo?!".
Por que foi e é tão difícil ter tempo para causas coletivas, para o que diz respeito ao bem coletivo?
Por que foi e é tão difícil lutar pelo bom, pelo justo e pelo melhor do mundo?!
É como se o caminho do egoísmo, do individualismo, do narcisismo e do egocentrismo fosse sempre mais interessante, favorável e indispensável...
Como podemos assistir a miséria alheia e não nos compadecer?
Como podemos olhar isso tudo e pensar: "e o que eu tenho a ver com isso?"
Tem um ditado popular recente que diz que
"quanto mais conheço os homens mais amo meus cachorros"...
fico pensando se devemos aceitar esse tipo de constatação.
Se devemos aceitar nossa "natureza" de "lobos dos próprios homens" como diria o pensador Hobbes.
(...)
Ainda, se deterministamente o homem assim o fosse (o que eu não acredito),
ainda assim, há longa distância entre entender e aceitar.
Deus nos deu o livre arbítrio. Dentro de nós, acredito, existem sementes do mal e o do bem.
Cabe a nós, escolher para qual delas direcionaremos nossos regadores ao longo da vida...
Entender não é aceitar.
Eu não aceito o mal, a desumanidade e a simples assertiva de "não tenho nada a ver" com o outro ou a miséria do mundo.
Sou (somos) sujeito da minha história e da sociedade na qual me insiro hoje
- assim como o homem da pre-história, antiguidade, do medievo e da modernidade.
Mesmo que assumamos a covarde postura da omissão, ainda assim, não nos livraremos das consequências das nossas ações - ou da ausência delas.
Eu entendo, mas não aceito.
MARI

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Sou cientista, logo penso.



Sou cientista. Ah, sou.
Sou cientista humana, social.
Acontece que a ideia, o imaginário que se tem dos cientistas são dois:
ou la "professor Pardal" 
(que dá sempre um jeito em tudo)
ou la "homem do jaleco branco"
(geralmente ligado de alguma forma a tecnologia ou as descobertas da saúde).
Acontece, que na minha área, as Ciências Humanas - sim, aquelas relegadas 
a última instância científica mesmo hoje, depois de tanto debate, polêmica 
e paradigmas (como o Pensamento Sistêmico e tal) -  o imaginário sobre cientista é praticamente nulo,
e é sobre isso que tenho pensado ultimamente.
Ninguém nos imagina construindo ciência - talvez por que a nossa ciência não seja aparentemente pragmática ou utilitária como os ingênuos possam pressupor.
Bom, mas isso não impede que nos identifiquemos, e mais, sejamos de fato cientistas.
Nossa ciência humana, reflexiva, analítica - em boa parte das vezes - é feita, refeita, debatida e fomentada cotidianamente, por mais que não andemos de jaleco branco e tirando fumaça de pipetas como se espera.
E, por isso, reproduzo a fala do meu orientador de umas semanas atrás...
"- Ah, sinto muito. Sou intelectual, sou pensador. Não espere que eu não pense, que eu não analise, que eu não exponha minhas conclusões, mesmo que inconclusas."
e eu acrescento ainda:
"- Fomos e seguimos sendo formado para isso, é nosso trabalho, é nosso dever como pensadores humanos e sociais."
Respeitem-se. Respeitem-nos.
MARI


quarta-feira, 4 de junho de 2014

Sou brasileira sim sinhô!

Sou brasileira sim, com orgulho e com amor.
E não tem copa, governo A ou B ou qualquer outra ideologia
oportunista que queira me fazer justamente enfraquecer meu patriotismo,
minha identidade cultural e social ou meu lugar 
- no sentido estrito do termo - que vá me fazer desistir daquele que é minha essência.
Não é ser ingênuo, nem é reprodução alienada de discurso partidário,
é consciência que uma nação é muito mais do que um "saco de pancada".
Somos nós todos que a construímos 
e a re-construimos historicamente a muiiiiiiiitos anos. 
Somos co-partícipes das vitórias, conquistas e avanços 
bem como das derrotas, fatalidades e retrocessos.
Queremos mais à nossa pátria? Sim, mais. Muito mais. Merecemos mais.
Mas não nos esqueçamos da nossa História, do nosso caminho até aqui -
independente do que se fez na gestão A, B,C - não esqueçamos de nossas 
histórias.
Infelizmente, nos vejo em processo gradual (e triste) de transformação (majoritária) numa nação que odeia a se mesma, que não se valoriza, que não se compreende, que não se defende, que não se auto-analisa, que não se orgulha, que não trabalha por si mesma, que não pensa positivo e pior, que não busca encontrar caminhos de crescimento.
Se não nos conhecermos, se não encontramos motivos para sonhar e querer crescer e se não colocamos toda essa vontade em prática, QUE NAÇÃO HERDARÁ NOSSOS FILHOS E NETOS?


(...)


Sou mesmo da contramão. Sou careta, daquela dos "velhos tempos"...
daquela que acha que nosso país tem 1001 problemas 
e realidades miseráveis e que muito tem a fazer para sair do SUBdesenvolvimento MAS que é a minha casa e mais do que isso, é meu LAR.
Por isso mesmo, não vou me contentar com essa situação permanente 
mas não posso, ao mesmo tempo, renega-lo ou desacredita-lo 
esquecendo de seu potencial de crescimento tanto físico, econômico, cultural e político E, PRINCIPALMENTE, social, sim, o social.
É essa nossa maior riqueza: o nosso povo. É nele e na sua capacidade que confio.
E é por isso que nesta copa, e nas demais que virão, 
nesta Olimpíada, e nas demais que virão, 
e em todas as demais competições esportivas 
ou situações em que meu, NOSSO, país estiver sendo representado
terei orgulho de "vestir a camisa" e de dizer que esse é meu lugar.
Por que, apontar 1001 erros e ficar aqui virtualmente xingando A, B, ou C é fácil.
Difícil mesmo é "botar a mão na massa" e fazer a diferença. 
Sim por que "querer é poder" e "saber é poder" DESDE que se aja!
Tomar consciência é MUITO DIFERENTE da conscientizAÇÃO
(como bem pôs Paulo Freire outrora).
Então, você, revoltado de plantão, o que faz na prática para melhorar as 1001 desgraças do nosso país além desse partidarismo facebookquiano barato

(que nem graça tem mais... agora já está penoso sabe?! #FICADICA)?!

(...)


Vai meu Brasil, entre em campo no futebol,
e todas as grandes áreas que forem preciso, e dê o seu melhor. 
A minha torcida, sempre terá.
"O lugar é maior do que as pessoas. Pessoas passam, o nação não."
MARI