
aquelas, dos velhos tempos. Ele estava sumido.
Estava nos mares. É, isso mesmo.
Estava fazendo parte do grupo de dança de um navio
de turismo que dava a volta pelo mundo.
Ele conheceu mil e um lugares dançando.
Seu trabalho? Dançar.
Sempre, todas as tardes, todas as noites.
(na foto somente suas pernas aparecem).
Tái, fiquei com inveja. E muita.
Mas aquela inveja tida como boa sabe?!
Aquela que ficou martelando o juízo "quando serei eu que estarei alí?".
Pelo andar da minha carruagem, acho que meu navio já zarpou
faz tempo...e eu? Eu fiquei aqui pesquisando, pesquisando.
Meu corpo não acompanhou o ritmo que seria necessário e minha
idade já não é mais a mesma. Sou velha, fiquei no passado.
E o pior é saber que dependia de mim, somente de mim.
Que era completamente possível, mas fui covarde.
Não paguei o alto preço pela incerteza da carreira amada.
Sofro do mal dos pouco audaciosos:
não correm riscos, mas frustam-se eternamente.
Viche, pra que ficar ruminando o que passou?!
Não volta mais.
Alguém avisa ao meu coração o que meu cérebro
tenta assimilar a muito tempo, por favor!
MARI
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