mas nunca tinha tempo de "passar a vista", rs.
Sabe aqueles livros de "vou ler pra dar sono..."?!
Então, tenho uma sessão bem grande deles, adoro!
A vez era de um lindo, chama-se: "Meu pé de Laranja Lima"
do autor brasileiro e carioca José Mauro de Vasconcelos.
O livro traz uma abordagem da infância linda, terna.
Zezé, o protagonista de 5/6 anos, nos faz refletir sobre
o carinho, sobre os sonhos e principalmente sobre a pureza.
Um livro suave, mas tocante. Vale a pena demais.
Para mim a melhor parte dessa leitura, foi quando ela conseguiu
traduzir, uma coisa que tenho sentido a alguns meses, em palavras.
Em determinada altura da história, Zezé diz que "matou" uma pessoa
querida e o ouvite parece chocado.
- "como assim matou?"
- "matei. Não é preciso sangue e facas para se matar.
Podemos matar alguém aqui, devagarinho, no coração.
Aí ela morre.É triste, mas ela não existe mais."
CARACAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
É literalmente isso. Era isso que eu queria dizer e não sabia como.
Foi exatamente assim que aconteceu comigo.
É como um homicídio doloso... não físico, declarado ou visível
(muito menos para a "vítima").
É um "matar" lento, dolorido...sentido.
A decisão não é fácil de se tomar e as consequências delas,
me parecem, são mesmo irreversíveis. Porque posso confirmar,
a coisa realmente funciona. É morte mesmo, na certa.
"Matar" no nosso coração uma pessoa que deveria "viver" nele
para sempre, é mesmo uma das coisas mais difíceis de se fazer.
Mas, quando não há mais reciprocidade nem amor, é o que nos resta.
Leiam, se deliciem.
MARI
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