
muitas vezes antes mesmo de que sejamos capazes de dar nossos próprios passos.
Quase sempre sinto como se eu não tivesse nem tempo de pensar, de escolher.
É como se o caminho já estivesse traçado, as expectativas já estão rolando e
quando a gente se dá conta, o rumo já foi tomado sem que você pudesse de fato
ter escolhido verdadeiramente e autonomamente
o que realmente VOCÊ GOSTARIA de fazer.
A sociedade espera que hajamos de determinada forma, e acaba criando mecanismos,
sistemas e formas que nos levam a seguir um caminho já traçado.
Na verdade, hoje já não é nossa escolha pessoal seguir por aqui ou por alí,
temos escolhido simplesmente o que deve ser feito.
Escolhemos o normal,o "correto".
Mas é correto pra quem?
Pro mundo, pros outros, pro prestígio de A ou B... e até pro meu próprio bolso - que seja.
Mas o que está em jogo afinal? Minha conta bancária, o prestígio de alguém
(ou até o meu) ou a minha verdadeira realização?
O que mais me aborrece, é que o que é "bem sucedido" pro mundo,
não TEM QUE SER bem sucedido no MEU ponto de vista.
Mas as pessoas não entendem isso.
E o fato de eu não considerar SUCESSO da mesma forma que vc,
ou o mundo espera, não me faz menos responsável, normal ou capaz.
Se pro mundo ser "bem sucedido" é acumular títulos mil e ganhar 7 mil por mês
e pra mim "bem sucedido" é ser realizado - vendendo laranja na feira
e ganhando um salário mínimo se for preciso - não me recrimine, não me diminua.
Pensamos de formas diferentes, discordamos. É só isso.
Mas procure, no mínimo, me respeitar.
O que eu quero é me realizar seja onde for ou fazendo o que for.
Não tenho vergonha de admitir um erro, de mudar de caminho.
Qual o problema de seguir, seguir e seguir e perceber que segui
pelo caminho errado e por isso, é hora de mudar de rumo?
Nossas carreiras não devem se transformar em prisões,
em muralhas ou cabrestos. O conhecimento deve é ampliar nossas perspectivas e sonhos.
Nossas carreiras devem ser nossas oportunidades de libertação.
Se assim não o for, de que adianta "SEGUIR CARREIRA" encarcerada num mundo
onde os outros esperam que eu esteja mas eu mesma, não me identifico de forma alguma?
Vale a pena vender a felicidade pessoal em troca da conveniência social?
Eu acho que não.
MARI.
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