Tem uma pergunta que me persegue desde que tive que escolher minha carreira
por ocasião do vestibular.
Um professor no 3º ano do Ensino Médio dizia:
"atenção, escolham bem... vocês vão querer passar o resto da vida acordando cedinho para ir desempenhar essa função? É isso mesmo que querem?"
Desde então eu penso nisso:
"será que acordarei para ir trabalhar sempre feliz com minha escolha?"
Bom, digo "feliz" por que já entendi que "realizada" é utópico demais pra mim...
( completamente realizada eu nunca estarei).
Pocha, mas "feliz", pelo menos "feliz" eu preciso estar...
Se não, como viver?!
Aí, num outro dia, na semana passada, eu acordo pra trabalhar e meu pai pergunta:
" - Saindo para o trabalho minha filha? Vai para guerra ou vai para festa?"
Pronto, fiquei com a questão (re) martelando até agora...
Para guerra ou para a festa?
Para guerra ou para a festa?
(...)
Tem dias que nosso ânimo está pra lá de Marraquesh não é?
Tem dias que cansa ser positivo e viver tendo esperanças.
Não digo de perder a fé, isso nunca.
Mas a esperança, a positividade... nem sempre consigo mantê-las.
É tão difícil alimentar um sonho. Acho que nem um filho deve dar tanto trabalho...
É tanto obstáculo, desvio, buraco e frustação no meio do caminho que francamente,
em alguns dias - como hoje - minha vontade é largar tudo e ir...
ir pra onde o vento me levar e passar a viver como Deus quiser.
Eu sei, eu sei... não está fácil pra ninguém...
mas sabe como é, nossa cruz sempre parece a mais pesada...
Olhar pra frente, olhar pro céu e continuar acreditando naquilo que você
passou a maior parte da vida construindo mas nem de longe ainda te levou a lugar algum
ainda tem sido um dos meus maiores desafios. Afinal, como continuar a sonhar assim?
Para guerra?
Para festa?
Ultimamente tenho vontade é de nem sair da cama.
Mari
:/
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