quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Vai para guerra ou para festa?!

Tem uma pergunta que me persegue desde que tive que escolher minha carreira
por ocasião do vestibular.
Um professor no 3º ano do Ensino Médio dizia:
"atenção, escolham bem... vocês vão querer passar o resto da vida acordando cedinho para ir desempenhar essa função? É isso mesmo que querem?"
Desde então eu penso nisso:
"será que acordarei para ir trabalhar sempre feliz com minha escolha?"
Bom, digo "feliz" por que já entendi que "realizada" é utópico demais pra mim...
( completamente realizada eu nunca estarei).
Pocha, mas "feliz", pelo menos "feliz" eu preciso estar...
Se não, como viver?!
Aí, num outro dia, na semana passada, eu acordo pra trabalhar e meu pai pergunta:
" - Saindo para o trabalho minha filha? Vai para guerra ou vai para festa?"
Pronto, fiquei com a questão (re) martelando até agora...
Para guerra ou para a festa?
Para guerra ou para a festa?
(...)
Tem dias que nosso ânimo está pra lá de Marraquesh não é?
Tem dias que cansa ser positivo e viver tendo esperanças.
Não digo de perder a fé, isso nunca.
Mas a esperança, a positividade... nem sempre consigo mantê-las.
É tão difícil alimentar um sonho. Acho que nem um filho deve dar tanto trabalho...
É tanto obstáculo, desvio, buraco e frustação no meio do caminho que francamente,
em alguns dias - como hoje - minha vontade é largar tudo e ir...
ir pra onde o vento me levar e passar a viver como Deus quiser.
Eu sei, eu sei... não está fácil pra ninguém...
mas sabe como é, nossa cruz sempre parece a mais pesada...
Olhar pra frente, olhar pro céu e continuar acreditando naquilo que você
passou a maior parte da vida construindo mas nem de longe ainda te levou a lugar algum
ainda tem sido um dos meus maiores desafios. Afinal, como continuar a sonhar assim?
Para guerra?
Para festa?
Ultimamente tenho vontade é de nem sair da cama.
Mari
:/

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