quarta-feira, 30 de julho de 2014

Ler é o melhor remédio!

Bom dia para você que cumpriu com sucesso a meta das férias: LER!
Nestas férias, eu me comprometi a colocar em dia a "leitura de entretenimento"
(diferente das "leituras de trabalho/estudo").
São as perdas de madrugadas, lágrimas e unhas mais felizes de todas, rs.
Sendo assim, em junho estive:
no Paquistão-Afeganistão-Cuba dos anos 2000
com "Cinco anos de minha vida" de Murat Kurnaz.
O livro é um relato explícito e sem arrodeios dos bastidores
das políticas "anti-terroristas" da base de Guantânamo no governo Bush.
Gostei muito da escrita e de conhecer esse universo.
Depois fui à Geórgia/EUA do séc.XIX com
Solomon Northup no seu comovente "12 anos de es escravidão".
(Pocha, que presente poder me deleitar com uma fonte histórica dessas,
livro inspirador, extremamente profundo e emocionante).
Aí dei um pulinho em São Paulo dos anos 1990 pelas aventuras
de Funny Abramovich no seu "Que raio de professora sou eu?!".
Livro suave e divertido sobre uma professora de História e seu
cotidiano. Muito bom relaxamento e risadas.

Por fim, numa mesma "viagem"
estive nos EUA-ITÁLIA-ÍNDIA-BALI na companhia engrandecedora
da, legitimamente humana em crise, Elizabeth Gilbert.
Este livro é muito interessante. Que coisa linda nos depararmos
com uma escrita acessível e tão auto-biográfica
que nos permite adentrar em suas aflições mais íntimas...
Quantas reflexões podem ser feitas a partir dessa leitura...
muito, muito, muito bom.
É isso gente. Cada leitura dessa, teve um sabor diferente.
Recomendo cada uma delas pois em tantos aspectos me fez pensar...
Recomendo mais ainda a LEITURA.
Ler é mesmo, e sem dúvida, o melhor remédio.
De que outra forma aprenderia e viajaria tanto e em tão pouco tempo?

MARI

terça-feira, 8 de julho de 2014

Culto a dor



Cada vez mais me deparo com pessoas BEM próximas a mim que sofrem.
São pessoas que reconhecem seu próprio sofrimento, o que a meu ver já é super passo
rumo a mudança da situação, maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas que se veêm como "sofredores forever".
É difícil de explicar...
e eu juro que tento entendê-los mas as vezes a minha revolta é maior que meu racionalismo.
São pessoas inteligentes, conscientes da dor e da infelicidade nas quais estão imersas.
São pessoas capazes de perceber que estão nesta situação por escolhas pessoais que fizeram.
São pessoas que sabem que estão auto mutilando seus corações, esperanças, auto-estimas.
São pessoas que sabem que os ÚNICOS que podem mudar o cenário são eles mesmos.
E então... fico revoltada pensando: "Por que não agem? Por que não tomam uma atitude?"
Será mesmo possível que alguém simplesmente prefira viver chorando, infeliz, descontente,
humilhado, sem perspectivas ou esperanças a ser livremente FELIZ?!.
Eu admito que olhando de fora COM CERTEZA é mais fácil pensar em ação, em mudança.
COM CERTEZA para quem vive a situação ser assertivo e fazer a diferença acontecer não é simples,
mas é possível. É imprescindível!
Como é difícil para mim ficar aqui de fora, dando conselhos, pitacos, me metendo
(claro, somente quando me pedem "socorro" muitas vezes aos prantos)
sem poder, de fato, efetivar uma melhora na vida daquele que sofre e a quem tanto quero bem.
Queria muito ter o "poder" de chegar na vida dele e dizer:
"- acabou a palhaçada! A partir de agora vai ser assim, assim e assado!".
Mas não posso... as pessoas são maiores de idade. São senhores de seus destinos.
Assisto a seus sofrimentos com o coração apertadinho e a revolta crescente
mas não posso, ninguém pode, resolver questões que lhes pertencem...
muitas vezes em nossas vidas tomar certas atitudes só nós mesmos podemos fazer, decidir.
Eu tento fazer o que posso:
aponto caminhos, ilumino perspectivas de um futuro melhor e lembro que a felicidade não tem que ser
"um dia, quem sabe"... a felicidade tem que ser agora, JÁ!
É triste perceber como para muitos sofrer é mais confortável do que correr o risco de ser feliz.
Em nosso tempo, parece que o triste "culto a dor" é permanente.
MARI

:/