Aquela que sempre cultivou o hábito da escrita diária no papel... agora divide com vocês os íntimos pensamentos na rede. Sejam bem Vindos!! Mari
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
"Interesseirismo?"
É tão difícil essa época do ano. É a pior de todas.
Meu juízo fica a mil: passa e repassa pensamentos mil...
e é por isso mesmo que a época é péssima, por que as conclusões são sempre as mesmas: tristes.
Evidentemente a minha versão "Poliana" não está aflorada neste período.
(...)
Sabe o que é? As vezes canso de ser...queria tanto apenas estar...
Me cansa ter que justificar, argumentar e re-argumentar coisas, atitudes e expectativas legítimas.
Me cansa ter que ficar lembrando, de tudo sempre.
(Ter que ficar ouvindo as velhas e boas desculpas em novas e ridículas circunstâncias...)
Me cansa.
Me cansa ser. Queria um breve "estar".
Me cansa dar e tão pouco receber.
"Interesseirismo"? É...pois é. Neste aspecto me descubro interesseira.
Tenho interesse sim. E muitos.
Mas não sou outdoor - ter ficar dizendo, pedindo, avisando, escrevendo ou até desenhando...cansa.
Cansa por mais que se faça, e apesar de tudo que se faça, ser tratada com desinteresse.
Cansa interessar-me mas ser sempre advertida: "assim não heim?!".
Buscar sempre ser correta, cansa. Cansa muito.
Afinal, o mundo anda tão incorreto, os caminhos andam tão tortuosos...
Ultimamente, e principalmente nesta época, só não me canso mesmo da vontade
de "jogar a toalha" e dormir até que abril começe...
MARI
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Ta no meu direito ok!?
Minha legislação pessoal diz:
"Mari querida, preste atenção, tá no seu direito:
- rir quando tiver vontade, e somente para quem desejar.
- ficar séria quando achar necessário.
- evitar a conivência e a conveniência.
- ser franca, antes com você mesma.
- engolir SOMENTE os "sapos" estritamente essenciais.
- não tolerar cobrança e gente "pegajosa" ou possessiva.
- honrar pai e mãe.
- não roubar, matar ou desejar homem/mulher do outro.
- exercitar a observação e a desconfiança, principalmente se o sujeito for humano.
- ser inteligente: aprenda, há pessoas com quem simplesmente não vale a pena discutir.
- calar-se. Muitas vezes o silêncio é a melhor resposta.
- não fingir que sente, deseja ou quer bem se não é verdadeiro.
- ser apenas educada. Ser forçosamente simpática e amorosa é proibido.
- ser comprometida com tudo e todos com os quais deu sua palavra - seja lá para o que for.
- seguir cegamente seus valores e educação.
- manter a honra pessoal e de sua família, em todas as situações."
E assim sigo.
Incomodou-se. Ótimo, procure outra que possa ser o que não posso.
Ou melhor, procure outra para ser o que não QUERO ser.
Sim, é isso mesmo: EU PODERIA até ser o oposto disso tudo MAS não QUERO.
Simples assim.
Afinal, algumas coisas não se discutem. Nem estão. Elas são.
Mari
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Também não sou "gênia", assim como você!
Este ano ministrei uma
capacitação para os professores do PRO-JOVEM/URBANO
em João Pessoa. O tema? O recurso das artes plásticas no
cotidiano de nossas aulas.
A discussão foi bacana, mas
caía sempre no mesmo “ponto comum”:
“Não faço nada disso, não tenho
criatividade!”.
Aí, eu, a capacitadora,
respirava fundo... sabe por que?
Porque essa conversinha, a meu ver, é a saída dos
acomodados.
Afinal, quem de nós é gênio?
Aqui neste mundinho, você
conhece alguém que é a reencarnação do Da Vinci?!
Certamente não!
Sendo assim, logicamente,
dinamizar uma aula – e usando recursos
pouco usuais como os das artes plásticas (ainda mais se você é professor de
Matemática, por exemplo) – é um GRANDE desafio para QUALQUER professor.
QUALQUER UM – que não seja reencarnação de ninguém, rs.
A diferença entre todos nós,
chama-se INTERESSE, DISPOSIÇÃO E BOA VONTADE.
(aquilo que os acomodados chamam de falta de aptidão, de falta de
habilidade e como último recurso, falta de tempo – afinal, por que uns têm
tempo e outros não?!).
Que este post seja claro: não
estou aqui dizendo que TODOS meus colegas são assim,
mas não tenho nenhum receio em afirmar que conheço
aos montes aqueles que fazem
esse “estilo”: “pegador de garapa, o vulgo garapeiro”
(garapeiro = expressão popular
que designa sujeito que gosta de “pegar
carona no navio alheio”).
Veja meu caso:
“Nossa, é demais como você é
criativa. Você faz por isso, por que é “natural” no seu caso. Você tem
habilidade!”
Sinto lhes informar que meu
caso, como o de 90% daqueles que apresentam alguma dinamicidade vez ou outra em
suas atividades docentes, é fruto de nada mais do que interesse.
ÓH!
É sério. Não há mistério nem
segredo.
O passo a passo?
Compre um livro e leia.
Converse com outros colegas da
área e peça detalhes de trabalhos interessantes que eles fazem em seus lócus de
trabalho.
Perca tempo pesquisando sites
de escolas, blog´s de tumas/alunos, blog´s de demais professores do país.
Converse com sua turma,
descubra os interesses dela – afinal com
a turma interessada e envolvida TUDO funciona.
Enfim, PERCA TEMPO.
Perca noites.
Pesquise.
No final, misture tudo, adapte
a ideia – logicamente às suas possibilidades, recursos e circunstâncias – e experimente.
Garanto, não doi.
E sabe o que não doi também?
Chamar outros colegas para ajudar, para colaborar, para pesquisar junto, para
COMPLEMENTAR a ideia original e fazer daquilo de fato sucesso.
Sabe por que a maioria dos
professores “esforçados” – e não gênios
– não gostam de “compartilhar” suas ideias?
Por que em muitos aspectos
tornam-se até egoístas mesmo? – e aqui
infelizmente admito que posso me encaixar.
Por que é muito MUITO chato
você ter um trabalhão extra e entregar tudo pronto, assim de “mão beijada” a
alguém que vai usar tudo e ainda fazer sucesso.
O problema é ver o sucesso do
colega? Não.
O problema é ver o sucesso do
que colega sem vê-lo trabalhar para isso.
É isso que me incomoda.
Colegas esforçados,
interessados e cheios de boa vontade, quando fazem sucesso – e podem reparar, vivem fazendo – dá até
gosto aplaudir e dizer por aí:
“aquele lá, eu conheço, merece demais tudo o que tem!”.
Mas os garapeiros, gaiatos, que vivem de “pegar carona no navio” alheio,
esses me incomodam profundamente.
Afinal, não somos gênios,
assim como vocês.
#FicaDica
MARI.
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