quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O seu direito termina quando o meu começa

Quem quer ser respeitado devia respeitar os próprios colegas de profissão!
Tá achando ruim a presença dos estrageiros?
Ocupa logo uma vaga no interior e acaba com esse muído!
Tá achando ruim o "baixo" salário e as péssimas condições de trabalho?
Bom, bem vindo a VIDA REAL e dê "seus pulos" como TODAS as demais categorias vivem dando. Se acha que não é possível?
Muda de área pô, certamente essa não é a sua!
Vamos trabalhar gente, fazer o Brasil crescer!
Quem quer trabalhar muitíssimo bem remunerado e com tecnologia de ponta devia se candidatar a Nasa ué?!
Pocha, tô cansada de ver esse muído na saúde e pouca ação! Ah, que saco!
Quer saber? Abre teu consultório, cobra 21897946 milhões e pronto, resolve tua questão.
Agora, destratar quem não tem nada a ver suas amarguras profissionais é mesmo muito anti-profissionalismo desses "doutores".
Esse comentário postei essa semana no face.
Me cansa e me dá nos nervos o comportamento da classe médica, direitista, no Brasil.
Trabalham em condições ruins no serviço público? Trabalham.
Mas que outra categoria não vive em condições ruins sendo servidor público?
A questão a meu ver não é revalidação, nem médico cubano ou coisa que o valha.
A questão é mesmo o quanto de dinheiro (e a maneira como o ganham) coloca-se no bolso.
Tô pra ver - francamente - um médico ou estudante de medicina dizendo ANTES de tudo:
" me preocupo demais com os outros, em AJUDAR, em CUIDAR... essa é minha vocação".
Não, nada disso. A conversa é sempre: "vou ganhar "x" ou "y"
ou "vou morar aqui ou alí" ou ainda " que condições ruins de trabalho, que situação de guerra...".
Tá vendo só como os interesses são implícitos ou completamente desviados?
Agora, não venha me fazer ver e escutar isso tudo e ficar calada ou não me manifestar.
Não tenho sangue de barata. Me desculpa se não tenho ouvido de mercador.
Vivemos numa democracia LIVRE. Do mesmo jeito que escuto suas asneiras escute as minhas tb.
O seu direito termina quando o meu começa.
#ficaDica.
MARI
ps. lógico que EM TODA REGRA  EXISTE EXCEÇÕES e neste caso também não é? Nem todo médico é intereisseiro, mercenário e "investidor". Existem exceções, poucas mas existem.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Colhendo o que plantamos...


Na minha geração (e olha que nem sou tão velha assim) os computadores ainda não
eram "febre" como hoje. Os celulares também não - definitivamente.
Mas os vídeo games (apesar de bem menos tecnológicos) já faziam - E MUITO -
a alegria da criançada.
Durante um tempo - pequeno - houve em nossa casa um video game.
Todavia, fico aqui me lembrando... essa tecnologia NUNCA foi "páreo" para substituir
nossa infância. Nunca!
E isso, acredito, foi devido a "apresentação do ser criança" que recebemos em casa, da nossa família, nossos pais, antes dele (o vídeo game) chegar.
Sempre fomos incentivados a criar.
Criávamos tudo, mesmo se tivéssemos brinquedos.
Acredito, sinceramente, que 70% do nosso "brincar" era imaginando, criando.
Criáva-mos uma cidade com vários carros (os meninos dirigiam suas tampas de panela),
morávamos em nossas casas (embaixo das mesas cobertas com lençois e pregadores)
e sóo saíamos de lá para visitar o "supermercado" e assim alimentar nossas "famílias"
(misturávamos biscoito, banana, doces e balas e criávamos cada receita...rs)
ou para ir ao "banco" - no qual estavam nossas cédulas, cheques e empréstimos
(produzidos e criados por nós mesmos).
Também brincávamos de inventar "comerciais para tv" dos nossos chinelos, relógios,
camisas e bonés.
Ou então ensaiávamos números e agendávamos um dia para apresentar no hall do prédio
(era a sen-sa-ção) depois de, claro, fazermos a punho um por um os panfletos de divulgação.
Brincávamos de "vendas".
Vendía-se de tudo: roupinha de barbie, barquinhos de papel, brigadeiros...
(e os vizinhos, rindo e dando-nos conselhos "de maketing" sempre compravam...)
Fazíamos coleções: de pedrinhas, de figurinhas, de papel de carta.
Jogávamos "bafo" com cartas e com tazzos (lembram?).
Ensaiávamos "números" para apresentar nos aniversários uns dos outros.
Brincávamos de "casa mal assombrada" no beco da casa
(uma espécie de "casa do terror" - criávamos breve enredos e um de nós "entrava" para visitar e se assustar, rs)
Nos divertíamos MUITO criando com massinha de modelar ou com Lego.
As personagens, algumas vezes, instalavam-se no terraço por semanas!
(e ai de quem distruisse "minha casa").
Você deve estar pensando: e o vídeo game, cadê? Ué, estava lá também.
Jogávamos TOP GUIER, SONIC, STREET FIGHTER, COME COME...
Quando? Quando chovia, quando um ia dormir na casa do outro ou quando
"não se havia nada para fazer...".
Diferente demais né não?! MUITO diferente. O video game era só uma opção,
SÓ MAIS UMA.
Tínhamos tanto com o que nos divertir, com o que nos entreter,
com o "ser criança" que este aparelho era a opção apenas dos dias e horários em que
estávamos "sem opção".
(Até contar quantos carros azuis, vermelhos ou brancos passavam pela nossa janela do
9º andar dentro de 15min era motivo de brincadeira. Era mais interessante que o vídeo game).
Brincávamos. Tínhamos amigos, REAIS.
Corríamos, caíamos, nos machucávamos.
Arrengávamos que era uma beleza...rs. Fazíamos as pazes.
Festejávamos quando um "novo morador" trazia junto um ou dois filhos.
Vivíamos a "vida real". Convivíamos.
Tinhámos pais que se sentavam à mesa conosco não só pelas "tarefas de casa",
mas também para pintar as "cédulas" do nosso banco,
para cortar e "ajudar na produção" dos panfletos do nosso show,
que reuniam lençois, pregadores e bacias para que brincássemos em nossas "casas"
embaixo das mesas.
Tínhamos casas "de verdade" - podíamos correr, mexer, usar.
Tínhamos amigos "de verdade" - podímos brigar, correr, suar.
Tínhamos brinquedos "de verdade" - jogos industrias e os NOSSOS jogos.
Tínhamos pais "de verdade" - que nos INCENTIVAVAM a ser criança.
Tínhamos problemas? Sim! Tínhamos crises? Sim!
Tínhamos dinheiro racionado vez ou outra? Sim!
Tínhamos pais que trabalhavam os 2 turnos? Sim!
Ficávamos doentes? Sim. Gostávamos de vídeo game? Sim.
Haviam pais separados? Sim. AINDA ASSIM éramos crianças? SIM, SIM, SIM.
Pois é... hoje, depois de adulta, ainda convivo com crianças e jovens quase todo dia.
Sou professora.
E, francamente... ou os conceitos de criança e infância mudaram muito, muito mesmo,
ou eu é que "não sei mais brincar"...
Se eu acho que há a possibilidade do menino Marcelo Perseguinni (provável assassino dos pais,
avós e suicida) de São Paulo - que era quieto, pacato, calmo e bom filho - tenha cometido
tamanha crueldade? Acho. É possível.
Digo isso por que sei que só quem convive DE PERTO com as crianças de hoje,
e AS ESCUTA de verdade sabe - como eu - que muitas vezes, elas nos assustam.
Claro, nem todas, mas muitas têm ideias egoístas e mesquinhas declaradamente.
Muitas só falam em si mesma e em seu benefício. São frias, quase insensíveis.
Muitas usam uma linguagem escandalosamente chula, "adulta" e cantam músicas de fazer pena. Muitas, muitas mesmo, são agressivas e violentas.
Os meninos - geralmente - sabem nomes de golpes de luta e de armas como ninguém
(nem se fosse combatentes saberiam tanto...).
Além disso, agendam "arruaças", brigas, guerras, confrontos e similares
com gente do mundo inteiro e se programam para não perder o "evento".
Muitos se "comportam" durante a semana para que no fim de semana o pai lhe dê dinheiro para
comprar no jogo virtual "X" ou "Y" armas, bombas, escudos ou "força" para matar com isso ou aquilo.
Para muitas crianças numa tarde inteira comigo, ESSE é o único assunto. Esse é o seu universo.
E ai você pensa que o menino Marcelo não seria capaz?
É monstruoso, é terrível, é inacreditável, mas sinceramente, para mim é possível.
Papai e mamãe, escute mais o seu filho. Esteja mais com seu filho.
Viva mais com seu filho. Brinque mais com ele. O priorize.
Você está construindo um adulto HOJE, AGORA, mesmo que ele só tenha 2 ou 3 anos.
O que ele come, o que ele assiste, onde ele estuda, com quem ele brinca, com O QUE ele brinca...
É sua responsabilidade...
Mais do que "acompanha-lo" você precisa ASSISTI-LO e participar 24hs da vida do seu filho.
E ainda fazer isso sem sufoca-lo, dando-lhe conselhos, EXEMPLOS e ensinamentos
mas deixando-o livre para viver, cair, chorar, brigar, se desculpar e entender o mundo.
É fácil? CLARO QUE NÃO!
Afinal, ninguém vive 24hs em função do filho.
Você teve o filho mais não deixou de ser você. Entretanto, você o teve.
Ele não "escolheu" nascer. Foi você que o "chamou a vida",
a responsabilidade de educá-lo é sua. É SUA!
A felicidade, a lucidez, a generosidade, os caminhos dessa criança
são SUA responsabilidade sr. papai e srt. mamãe. É assim que é!
Como você o incentiva a se descobrir (futebol, ballet, judô, colônia de férias, coral, teatro) 
e a experimentar suas habilidades e possibilidades? Trancando-lhe no quarto com um copo
de Coca, um computador de última geração, um vídeo game sensacional e um telefone que
só falta voar?! É assim?
Assim você "doma" um bicho ou educa uma criança? Pense bem...
Colhemos o que plantamos... e mesmo que você diga
"ah, mais eu controlo tudo. Aqui em casa tem tanto tempo pro celular, tanto pro video game, tanto pro computador..." eu ainda assim lhe pergunto:
Que infância é essa? Que criança isolada, virtualizada, insensível, descontextualizada é essa?
Ah com eu escuto...
"Professora, ele só grita, não me respeita, só come bobeira, não aguenta correr nem "daqui para alí", não gosta de sair, quase não tem amigos... esse menino é muito trabalhoso!".
MORRO de vontade de dizer:
"ué, se não fosse "trabalhoso" não era menino, era estátua de sal".
Tem uma frase "moderna" que todo papai e mamãe deveria escutar antes de assumir esta função:
"não sabe brincar, não desce pro play!".
Tenho muita pena da infância dos nossos dias...
MARI.
:(

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Costume de casa vai à praça!

" - Ele saiu de sala? Outra vez? (Pausa prolongada. Olhos Marejados.).
Sabe professora, não sei mais o que fazer. Ele não respeita ninguém, nem professor, nem psicólogo, nem vó... eu então, já era. Logo hoje que eu ia levá-lo para lanchar ...no lugar preferido dele (Pausa). Mas quer saber, vou levar. É criança (enxugando os olhos), vai passar...".
Observei tudo em silêncio me esforçando muuuuuito para não SOMAR mais este episódio às minhas constatações de que parece mesmo que está tudo perdido.
:(
Ah, como tive vontade de dizer:
" - Vai passar? Vai passar - como diria Chico Buarque - nesta avenida aí um samba popular, isso sim!".
Francamente, quanto mais convivo com os pequenos mais aprendo que somos
reflexo daquilo que alimentamos, que permitimos e que incentivamos.
Crianças devem ser orientadas. EDUCADAS.
É triste demais assistir a construção de um adulto "sem futuro" como pessoa e cidadão por que os pais não souberam ser justamente PAIS.
Seu filho precisa de limites, de rumo.
Seu filho NÃO vai morrer se escutar um não,
se entender que tem hora e lugar para tudo
e se começar a respeitar as regras da boa convivência, da educação e da civilidade.
É como sempre ouvi: "costume de casa vai à praça!".
E que triste é perceber que a educação escolar hoje é muito mais mercado
que filosofia de vida.
Nós professores efetivamente somos muito pouco, quase nada, se em casa,
na FAMÍLIA, não há reforços daquilo que deveria ser obviamente ensinado:
EDUCAÇÃO.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A.m.o.R de verdade?!

Começamos sempre assim: sozinhos. Assim sempre estivemos.
Mas aí, de repente, aparece alguém que nos faz acreditar que o melhor mesmo
é estar acompanhado. Constroi-se expectativas, sonhos e esperanças.
Passa-se a viver também com aquela pessoa e entende-se que o bom da vida é ser com outro.
Os anos passam, vive-se mil e uma aventuras (e até desventuras), alegrias e emoções.
Canta-se. Rir-se. Dança-se. Planeja-se. Realiza-se.
Até que um dia, um dos dois perebe que a parceria é naquele momento
(e a quanto tempo já não é assim e nenhum dos dois notou?!) apenas isso: parceria.
E, vamos combinar, para ser parceiro não é preciso ser amante.
Posso ser parceiro de um grande amigo sem precisar lhe entregar meu amor de mulher e vice versa.
Bom, mas percebido isso vem a difícil missão da aceitação do novo panorama.
Ah, como conheço casais (de looooooooongos relacionamentos) que rompem justamente por isso:
viraram grandes amigos, confidentes e parceiros e deixaram de ser enamorados, constantes...
É difícil admitir, mas amor de amigo não é amor de namorado/marido. E há nisso profunda distância.
Perceber, admitir e mudar é o mais difícil.
Insensibilidade? Claro que não. Pelo contrário, sensibilidade demais.
Tão sensível que se percebe a tênue linha que separa amor fraternal de amor "maridal/namoral"(rs).
Com certeza absoluta, e sem sombra de dúvidas, é melhor que se rompa um compromisso amoroso
e se permaneça o compromisso de amizade, respeito e admiração.
Nestas horas, por pior que seja, admitir a verdade e lhe fazer frente é o melhor caminho.
Afinal, você quer mesmo namorar ou casar com alguém que não ama como mulher/homem?!
Aguentará viver nesta condição pelo resto da vida?!
É... não dá. Por isso deixo aqui um salve aos corajosos que assumem a dificil missão
de admitir a dissipação de antigos sentimentos - que ainda existem mas sob novas formas
que não justificam velhos compromissos e expectativas.
Digo isto por que acredito que amar também é deixar que o outro seja amado de verdade, principalmente se este outro merecer né?!
Amar é deixar o outro livre para que encontre alguém que possa de fato lhe fazer feliz como você já não poderá mais fazê-lo.
Amar não DEVE ser "maridalmente conveniente" quando pode ser fraternalmente consciente.
Até por que se você a/o ama mesmo, você vai pensar sempre na felicidade DELE(a) e não na sua.
Viva a verdade, a parceria e o amor - quando for verdadeiro.
Afinal, amor não muda de sentido nunca apesar de as vezes mudar de direção.
MARI
:)
 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

TÔ QUERENDO...


Quanto tempo é saudável alimentar um sonho?
Quando um sonho vira ilusão? Quando vira loucura?
Sonho tem prazo de validade? Alguns são mera perda de tempo e energia?
Um sonho que você alimenta a 9 anos não é só sonho,
já virou um "bichinho de estimação" daqueles bem domesticado que olha para
você assim bem dengoso e preguiçoso como quem não quer mais sair dalí, como quem se acomodou.
Sonho velho é acomodação?!
Faz muitos anos que alimento meu sonho, as vezes com fartura, as vezes não.
Passado esse tempo todo, não sei mesmo dizer se dei algum passo em sua direção.
As vezes acho que meu passinhos miúdos são tão "nada" perto do tamanho do sonho que acho que
sinceramente, não saí muito do lugar. Terá o sonho virado ilusão?!
Desanimar é quase tão constante quando a presença daquela pulguinha no ouvido
lembrando a você TODO SANTO DIA que você deseja muito aquilo e como tudo será um MUST se você enfim alcançar o que deseja. Mas até lá...
PACIÊNCIA.
Tô querendo meu Deus, não deixar de sonhar. Não perder a fé e seguir firme.
Tô querendo aumentar o ânimo e achar que consigo.
Tô querendo, querendo muito.
MARI
 :/

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Norte ou Sul? Leste ou Oeste?

Norte ou Sul?
Leste ou Oeste?
Fico?
Não, melhor ir...
Para onde?
Volto? Não... melhor seguir.
Agora? Daqui a pouco?
Esperar mais um bucadinho?
Chá de cadeira de novo?
Com certeza essa foto #MeRepresenta, rs.
É assim, EXATAMENTE, que tenho me sentido nos últimos 4 anos.
É como se o mundo tivesse girando, e muito, e eu estivesse assim fechada numa redoma
me sentindo completamente excluída e desnorteada a tal ponto que não sei mais o que fazer.
Por esse motivo, fico assim, parada e observando a vida dos outros que segue
enquanto que a minha (parece que, no máximo) o único movimento que faz é andar em círculos.
A sensação é que todo mundo sabe onde quer chegar, tem um destino.
E mais, todo mundo TEM onde ir e o que fazer.
Enquando isso, eu aqui no meu planeta...
sigo esperando, me preprando, esperando, me preparando...
Sinto como se eu fosse um atleta sabe?
Treino, treino, treino, mas a competição não chega nunca.
E olha que ultimamente nem me inscrever para concorrer a alguma coisa eu tenho conseguido.
Logo, "ganhar" alguma coisa, e ter enfim ONDE IR e o QUE FAZER, fica ainda mais utópico não?!
Paciência. Fé. Esperança. Alegria. Perseverança.
Não dá, sou humana... nem sempre tenho força para ser otimista e acreditar.
Ser forte e firme 100% do tempo cansa e me tem sido impossível.
Fazendo uma analogia sobre o que sinto...
posso dizer que é mais ou menos o que acontece na cena
mais forte do filme brasileiro Olga, de Jaime Monjardim,
quando da personagem principal é tirada, pelo sistema, sua força = sua filha.
Hoje, essa é minha perfeita ilustração.
E não aparece neste vídeo mas Olga termina essa cena dizendo que
"cansei de forte, cansei de não ter medo".
Dia de chuva, dia frio.
Dia triste.
Espero que não sempre.
MARI
:/
(abaixo segue o link da cena referida)
http://www.youtube.com/watch?v=V2dBXkstXhM

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Refletir é preciso...

Nossos anos vividos,
nossos cabelos brancos,
nossas histórias e episódios múltiplos nos fazem seres experientes.
Uns mais, outros menos.
Para uns a experiência nunca é parâmetro e os erros são constantes.
Para outros a experiência é freio (DE MÃO!) que afungenta sonhos e decisões.
Uns mais, outros menos.
E, é claro que é indiscutível que a idade confere automaticamente
a experiência que só os anos de vida mesmo podem oferecer
(a menos que se viva numa redoma né?!).
O post de hoje não é para questionar essa constatação óbvia:
mais idade = mais experiência.
Não.
O post de hoje é para registrar aqui minha impressão
(mais uma vez reforçada diante do que se passa comigo)
de que não importa a idade e as mil e uma aventuras que já
viveu-se... não importa experiência... NEM SEMPRE ESTAMOS CERTOS.
Uma coisa é o respeito aos mais velhos,
por se reconhecer o mérito e as vivências do sujeito:
"é claro que ele deve ter passado por algo parecido e sabe o que diz",
mas, outra coisa é que associemos AUTOMATICAMENTE
experiência com verdade e acerto incontestáveis.
Não é por que você já viveu mais do que eu
que você está sempre certo e eu estou sempre errada.
Nem por que eu sou mais jovem que estou correta
e você que é "velho" é todo errado.
Não é isso.
O que venho registrar aqui hoje é minha certeza de que seria muito bom que,
independente das idades e jornadas de vida, as pessoas fossem mais autocríticas.
É que as vezes a vida vai nos dando uma "casca grossa" que não nos deixa mais pensar
que não somos perfeitos e que também erramos.
Seja com 8 ou com 80 anos.
Pocha, não é por que não deu certo com você que vai acontecer comigo.
Não é por que a felicidade para você é ser "assim" ou "assado" que a minha tem que ser.
Não é por que eu vivo do meu modo, igual ou diferente do seu,
que vou ser mais triste ou mais alegre.
Cada tempo é um. Cada pessoa é única. Cada história é ímpar.
LÓGICO que "a voz da experiência" deve ser forte farol em nossas trilhas pela vida,
mas se somos sempre contestados pelas nossas escolhas que sujeitos seremos?
Inseguros por natureza?
Prudência, conselhos e exemplos não podem ser tidos como certezas que quando não
obedecidas sejam motivos de frustação.
Pelo menos não deveriam...
Viver é uma arte e não fácil não.
Mas conviver, ô, essa sim é a mais difícil de todas as artes.
Só os "fortes" entendem... rs.
:/
MARI.