terça-feira, 20 de agosto de 2013

Costume de casa vai à praça!

" - Ele saiu de sala? Outra vez? (Pausa prolongada. Olhos Marejados.).
Sabe professora, não sei mais o que fazer. Ele não respeita ninguém, nem professor, nem psicólogo, nem vó... eu então, já era. Logo hoje que eu ia levá-lo para lanchar ...no lugar preferido dele (Pausa). Mas quer saber, vou levar. É criança (enxugando os olhos), vai passar...".
Observei tudo em silêncio me esforçando muuuuuito para não SOMAR mais este episódio às minhas constatações de que parece mesmo que está tudo perdido.
:(
Ah, como tive vontade de dizer:
" - Vai passar? Vai passar - como diria Chico Buarque - nesta avenida aí um samba popular, isso sim!".
Francamente, quanto mais convivo com os pequenos mais aprendo que somos
reflexo daquilo que alimentamos, que permitimos e que incentivamos.
Crianças devem ser orientadas. EDUCADAS.
É triste demais assistir a construção de um adulto "sem futuro" como pessoa e cidadão por que os pais não souberam ser justamente PAIS.
Seu filho precisa de limites, de rumo.
Seu filho NÃO vai morrer se escutar um não,
se entender que tem hora e lugar para tudo
e se começar a respeitar as regras da boa convivência, da educação e da civilidade.
É como sempre ouvi: "costume de casa vai à praça!".
E que triste é perceber que a educação escolar hoje é muito mais mercado
que filosofia de vida.
Nós professores efetivamente somos muito pouco, quase nada, se em casa,
na FAMÍLIA, não há reforços daquilo que deveria ser obviamente ensinado:
EDUCAÇÃO.

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