sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A.m.o.R de verdade?!

Começamos sempre assim: sozinhos. Assim sempre estivemos.
Mas aí, de repente, aparece alguém que nos faz acreditar que o melhor mesmo
é estar acompanhado. Constroi-se expectativas, sonhos e esperanças.
Passa-se a viver também com aquela pessoa e entende-se que o bom da vida é ser com outro.
Os anos passam, vive-se mil e uma aventuras (e até desventuras), alegrias e emoções.
Canta-se. Rir-se. Dança-se. Planeja-se. Realiza-se.
Até que um dia, um dos dois perebe que a parceria é naquele momento
(e a quanto tempo já não é assim e nenhum dos dois notou?!) apenas isso: parceria.
E, vamos combinar, para ser parceiro não é preciso ser amante.
Posso ser parceiro de um grande amigo sem precisar lhe entregar meu amor de mulher e vice versa.
Bom, mas percebido isso vem a difícil missão da aceitação do novo panorama.
Ah, como conheço casais (de looooooooongos relacionamentos) que rompem justamente por isso:
viraram grandes amigos, confidentes e parceiros e deixaram de ser enamorados, constantes...
É difícil admitir, mas amor de amigo não é amor de namorado/marido. E há nisso profunda distância.
Perceber, admitir e mudar é o mais difícil.
Insensibilidade? Claro que não. Pelo contrário, sensibilidade demais.
Tão sensível que se percebe a tênue linha que separa amor fraternal de amor "maridal/namoral"(rs).
Com certeza absoluta, e sem sombra de dúvidas, é melhor que se rompa um compromisso amoroso
e se permaneça o compromisso de amizade, respeito e admiração.
Nestas horas, por pior que seja, admitir a verdade e lhe fazer frente é o melhor caminho.
Afinal, você quer mesmo namorar ou casar com alguém que não ama como mulher/homem?!
Aguentará viver nesta condição pelo resto da vida?!
É... não dá. Por isso deixo aqui um salve aos corajosos que assumem a dificil missão
de admitir a dissipação de antigos sentimentos - que ainda existem mas sob novas formas
que não justificam velhos compromissos e expectativas.
Digo isto por que acredito que amar também é deixar que o outro seja amado de verdade, principalmente se este outro merecer né?!
Amar é deixar o outro livre para que encontre alguém que possa de fato lhe fazer feliz como você já não poderá mais fazê-lo.
Amar não DEVE ser "maridalmente conveniente" quando pode ser fraternalmente consciente.
Até por que se você a/o ama mesmo, você vai pensar sempre na felicidade DELE(a) e não na sua.
Viva a verdade, a parceria e o amor - quando for verdadeiro.
Afinal, amor não muda de sentido nunca apesar de as vezes mudar de direção.
MARI
:)
 

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