segunda-feira, 21 de abril de 2014

Por hora acabamos - apesar de desejar que nunca terminemos.

Algumas coisas na vida são.
Outras estão.
De tantas outras estima-se, espera-se...
mas, por circunstâncias da vida, não estão, nem serão tão cedo...
Sim, por que uma coisa é a "expectativa sobre" ou o que "deveria ser"
e outra bem diferente é o que DE FATO tornou-se.


Se, COMO DIZ O DITADO, "um não quer dois não brigam",
não faz algum sentido pensar que "se um não quer dois não amam?!".
Algum sentido ninguém pode negar que faz.
Como é difícil construir - tentar pelo menos - uma relação com alguém que simplesmente
NÃO QUER se relacionar com você.
Como é difícil conviver com a EXPECTATIVA do mundo sobre essa relação que
deveria (convencionalmente) existir de maneira fraterna, amorosa e frequente.
Como é difícil fazer SOZINHA uma relação acontecer.
Dessa forma ela torna-se um fardo. Torna-se um peso. 
Um peso grande, insuportável, que decidi: não aguento, NEM VOU, mais carregar.
Não é desistência -  pois tenho esperanças que um dia, amanhã, ano que vem, daqui a 20 anos... -
talvez isso possa mudar sabe? Mas hoje, hoje não posso mais seguir assim.
Estou infeliz e me sentindo cansada de carregar o peso da responsabilidade de um fracasso constante
numa relação na qual só eu manifesto interesse.
Cansei. E é um cansaço quase físico.
Cansei também de ser (implicitamente na maioria dos casos) forçada a manter laços e ações
que representem o carinho, atenção, respeito, consideração e cuidado por uma relação que OS
OUTROS esperam que existam mas que, na verdade, se existiu (pelo menos de 10 anos para cá)
foi aos frangalhos, na "marra". 
Não há, visivelmente, reciprocidade entre nós dois. 
Não há, amor. É triste, mas não há, admitamos sinceramente.
Cansei. E não estou nem um pouco interessada em "construir ou regar amor" junto a alguém
que simplesmente não quer - declaradamente
minha presença junto a sua vida, seus amigos ou cotidiano.
Não estou interessada em manter uma relação com alguém que só lembra de mim em situações isoladas
nas quais sou "explorada" para algo que lhe é útil emergencialmente e ponto final.
Imaturidade? Inobservância? De quem: sua? Minha?
Não sei.
Deveria eu, a "sensata", a "salvadora" da pátria, remar contra a maré 
e não abrir mão da possibilidade de sermos - concretamente - o que se espera de nós?!
Talvez. E é esse talvez que não em fará agora trancar essa porta a 7 chaves. 
Por hora, a fecharei, apenas, e disso não tenho dúvidas. 
Fecharei com a consciência tranquila de que hoje, e até aqui, 
fiz o que achei possível para tornar tudo "normal". 
Dei vários passos, carreguei a "missão" sozinha nas costas por nós 2 durante o tempo que pude. 
Agora, chega. Não mais.
A partir de hoje determinei: 
se um dia você quiser transformar essa relação um ônus para todos nós, ótimo. 
Serei muito feliz em reavê-la e fazer dela,
junto com você, aquilo que SEMPRE DEVERÍAMOS ter sido.
Caso contrário anuncio:
Uma relação é algo que precisa ser desejado e realizado por dois lados predispostos a tal intento.
Relações não devem ser fardos, devem ser fonte de segurança e paz. 
Todas as minhas assim o serão, a começar pela nossa.
Enquanto fardo ela for, resolvi larga-la e sentar bem em cima. 
Não vou mais levar o peso de um fracasso e de uma expectativa não correspondida. Chega.
Por hora acabamos - apesar de desejar que nunca terminemos.
MARI.

Nenhum comentário: