terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Ah, o cavalherismo...


Convivo diariamente, a muitos anos, com a questão do cavalherismo...
e estes dias andei pensando sobre a linha extremamente tênue que o separa
da "frescura" ou da "indiferença".
Afinal, até onde esperar cavalherismo de alguém é frescura demais?
Ou
Até onde a falta de cavalherismo pode ser vista apenas como "ah, é desajeitado tadinho..."
e não como real indiferença mesmo?!
Difícil questão não é?
Sou uma das grandes defensoras dos direitos e deveres iguais para homens e mulheres MAS,
também sou muito muito muito adepta do cavalherismo - se possível nas 24hs do dia.
E tem coisa melhor do que conviver com gente atenciosa, delicada, gentil e sensível
(independente do sexo)?!
Um carinho, UMA ATENÇÃO, um CUIDADO com o outro - ainda mais com aqueles que
"em tese" se ama - não deveriam fazer parte do pacote "eu amo você"?!
Claro, todo mundo é mortal. Haverão os dias e situações de stress, mal humor, impaciência e cansaço nos quais tudo o que se quer é ficar sozinho curtindo nosso amor próprio.
Ok. Entendo mesmo, na boa.
Mas, se forem os momentos e dias de exceção. Sim, por que conviver com alguém que faz do cavalherismo a exceção de fato não é nada cavalheresco...
Ah, o cavalherismo... que falta faz...
Em mulheres também viu?! Ora não...
Como o mundo está doido...
Todo mundo corre para um lado e para o outro e esquece de se relacionar com os demais com o carinho que eles merecem (principalmente se o "demais" for alguém que se ama...)
Ultimamente nos falta tempo para tudo, inclusive para gestos de cuidado, de gentileza, de carinho.
E isso, me incomoda profundamente. Muito.
Pocha, por exemplo...
Esqueceu? Finge que lembrou!
Quebrou? Tenta consertar!
Sujou? Lava!
Está corrido? Ah, mas deixa um recadinho no "bafo" do box do banheiro...
Tá pesado? Ajuda a carregar!
Tá difícil? Se dispõe a escutar.
Quer correr? Dá um jeito de esperar...
Enfim, o cavalheiro não é aquele que compra um colar de diamantes, anda numa Ferrarri ou entope a casa de rosas até o teto sabe?
A gentileza não está no fato de deixar de viver para só pensar em agradar/bajular o outro...
(até por que aí pra mim é "puxa saquismo" mesmo...)
Ser cavalheiro, homens e mulheres, é não ser CAVALEIROS.
Afinal, os outros são gente. Pessoas com sentimentos, e não cavalos
(que também não merecem de jeito nenhum serem tratados com descuido).
Pense nisso...
#FicaAdica
MARI

Nenhum comentário: