quarta-feira, 25 de junho de 2014

Sou cientista, logo penso.



Sou cientista. Ah, sou.
Sou cientista humana, social.
Acontece que a ideia, o imaginário que se tem dos cientistas são dois:
ou la "professor Pardal" 
(que dá sempre um jeito em tudo)
ou la "homem do jaleco branco"
(geralmente ligado de alguma forma a tecnologia ou as descobertas da saúde).
Acontece, que na minha área, as Ciências Humanas - sim, aquelas relegadas 
a última instância científica mesmo hoje, depois de tanto debate, polêmica 
e paradigmas (como o Pensamento Sistêmico e tal) -  o imaginário sobre cientista é praticamente nulo,
e é sobre isso que tenho pensado ultimamente.
Ninguém nos imagina construindo ciência - talvez por que a nossa ciência não seja aparentemente pragmática ou utilitária como os ingênuos possam pressupor.
Bom, mas isso não impede que nos identifiquemos, e mais, sejamos de fato cientistas.
Nossa ciência humana, reflexiva, analítica - em boa parte das vezes - é feita, refeita, debatida e fomentada cotidianamente, por mais que não andemos de jaleco branco e tirando fumaça de pipetas como se espera.
E, por isso, reproduzo a fala do meu orientador de umas semanas atrás...
"- Ah, sinto muito. Sou intelectual, sou pensador. Não espere que eu não pense, que eu não analise, que eu não exponha minhas conclusões, mesmo que inconclusas."
e eu acrescento ainda:
"- Fomos e seguimos sendo formado para isso, é nosso trabalho, é nosso dever como pensadores humanos e sociais."
Respeitem-se. Respeitem-nos.
MARI


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