sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pensamentos mil...

Da minha vidinha cinza e mais ou menos pouco posso comentar de novo,
mas dos meus pensamentos... ah, esses andam a mil (e são multicoloridos).
São tantos os sonhos, os planos e as metas para minha vida.
Eu quero muito mais para mim, para minha rotina.
Um "mais" que pode não ter o mesmo valor material para todo mundo,
mas que para mim fará com certeza toda a diferença.
Outro dia, numa conversa com uma amiga sobre o que sinto sobre determinada situação
ela me perguntou : "mas de onde vem tanta raiva?" e eu respondi:
"vem do novo momento que vivo. Um momento que não me permite mais a
hipócrita e simplória conveniência. E não importa se é alguém da família
ou um colega de trabalho. Ando com alergia a conveniência. Não é possível que as pessoas esperem e se decepcionem comigo porque não amo ou não me dedico a fulano ou sicrano
só porque é ou não da família. Afinal, não posso amar alguém só por causa disso.
Amor é uma tão maior e mais densa do que sangue em comum.
Amor é construção, não é imposição, conveniência... não é.
Eu não escolhi estar nesta família, com essas pessoas.
Sou OBRIGADA a conviver com tudo isso, mas a amar não. Sejamos francos.".
A raiva, a tristeza, a alegria, a chateação, o descontentamento, a felicidade...
todos eles estão comigo SEMPRE. E cansei de esconde-los sabe?
Sou humana, sou mortal. Não vou mais ser simplesmente "AGRADÁVEL"
só porque é o "normal, o esperado". Vou ser eu.
E se cansei de tentar, de fazer minha parte e tentar ser "a pacificadora",
que pena, mas é a minha nova realidade.
Não vou mais carregar a responsablidade pela "paz e harmonia do mundo".
Gostou? Ótimo! Não? Que pena! Tem zilhões de pessoas nesse mundão de meu Deus,
tenho certeza que não será minha ausência na sua vida que causará destruição.
Aprender a se valorizar, a dar prioridade a SUA felicidade e SEU desejo não é fácil,
mas tem sido um dos meus maiores exercícios neste ano. E tenho conseguido algum progresso.
Pode até parecer egocêntrico da minha parte, mas quer saber? Que seja!
Que pareça tudo o que quem estiver de fora queira achar. Eu sei o QUE É,
e só eu posso saber da liberdade que isto tem me trazido ultimamente.
Afinal, não sou perfeita (apesar de que muita gente espera que eu seja...) e tenho
mesmo sentimentos isolacionistas e individualistas e vou alimentá-los sim.
E já devia ter feito isso antes, assim não seria tratada por muitos como "Amélia",
"durona", "líder", "A responsável" ou como "Isaura".
Odeio essa sensação de ter que ser a responsável pela eficiência, pelo sucesso, pela paz.
É como se eu fosse "Deus" e que comandasse todas as situações, as relações...
Mas, ALHOWWWWWWWW, situações e relações envolvem mais de uma pessoa e eu não vou mais me permitir assumir, ou deixar que ou outros esperem ou ordenem que eu assuma, tudo.
Sou uma pessoa comum, com defeitos, vontades, erros e acertos. E não vou mais
permitir que me deleguem as responsabilidades das coisas. Acabou.
Sou adulta, vacinada e não devo nada a ninguém. E mais, SÓ EU SEI DE MIM.
Antes de você, é... você mesmo, ficar aí dizendo, repetindo, pensando e inventando
qualquer coisa sobre mim, seja "homem" e vem aqui saber, perguntar, esclarecer...
Achar é muito fácil, é fácil demais.
Quero ver ser amigo, justo e correto vindo saber de verdade o que houve ou deixou de haver.
Não sou santa. Gostaria mas não sou. E cansei de "fazer a pose de conciliadora". Cansei.
MARI

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