quarta-feira, 27 de junho de 2012

A vida passa tão depressa...


Foi no domingo de S.João. Acordamos com uma daquelas ligações que ninguém quer receber sabe?
Era o aviso de que D.Mariinha tinha falecido.
D.Mariinha era alguém da família, apesar de não ser da família de sangue.
Eu convivia com ela muito mais do que com muita gente da "família".
Era uma espécie de vozinha do coração. Alguém que mesmo na sua quietude, vai fazer - e já faz - uma falta enorme para todos aqueles com os quais convivia.
Com certeza a casa de Tia Gracinha estará para sempre mais silenciosa e sua ausência será presença constante.
O enterro no interior é uma coisa chocante. Para mim, é quase um trauma.
Faz tudo parecer ainda mais dolorido.
Desta vez foi assim também, mas teve menor alcance por que conseguimos agilizar as coisas e assim, diminuir o sofrimento de todos.
Neste velório especificamente - em menos de 2 meses este é o 3º velório do qual participamos aqui em casa - me fez ver como a vida é passageira.
Me fez ver como eu estou ficando velha.
Me fez ver como tudo, tudo, tudo passa.
Me fez ver que a vida é só uma, e preciso vive-la intensamente.
Estou muito triste. Me sinto meio derrotada para a vida sabe?
É como se ela estivesse me vencendo...ela vai passando, seguindo seu rumo, levando as pessoas queridas e eu... parece que eu fico aqui meio paralisada só assistindo e nada fazendo.
Me sinto com um peso terrível nas pernas, como se não pudesse me mover.
É como se eu estivesse presa em mim mesma mas tendo que assistir tudo acontecer na minha frente sem nada poder fazer.
Eu gostaria tanto de fazer tanta coisa, de trocar de lugar com tanta gente... mas é como se meu corpo não respondesse aos meus comandos e eu simplesmente fico, enquanto tudo passa...
Sinto que lá vem mais uma das minhas "crises"...
Deus receba dona Mariinha no céu e a cubra de luz.
Aos meus amados Tia Gracinha, Tio Humberto, By, Bertão, Negão, Dudu, Naná,
Tia Galega, Tia Aldenora, Clarinha e Aninha, meu abraço apertado de carinho sempre.
Amo vocês e os levo sempre comigo. Agora e sempre.
MARI

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