quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

EQUILIBRIO- o segredo de Tudo


Hoje fui pagar umas contas logo cedo, e na volta pra casa encontrei uma amiga que fez teatro comigo a 100000 anos atrás.
Nossa, a quanto tempo que não a via, quase não reconheci.
Nem éramos amigas, na verdade éramos colegas de turma( afinal no teatro, não tem como não ficar pelo menos "colega" de nenhum companheiro de turma), mas depois daquele ano nunca mais nos encontramos.
Fato é que rolou aquela conversa, como diria painho, bem frugal:
"a quanto tempo!"
"ainda está fazendo teatro?"
"e sua mãe como está?"
"estou na universidade agora..."
blá blá blá
Foi quando o celular dela tocou : "mensagem recebida"
ela leu em voz alta "...esse momento é único, nunca mais voltará, não se repetirá, acabou...Massa né? Caio"
e aí ela disse: "esse bicho é doidinho! Tchau Mari"
Caio(o bicho) é o irmão dela.
Nos separamos porque ela estava atrasada e tal...e fim da história.
Bom, pelo menos não era o fim pra mim.
Estou com essa mensagem martelando na minha cabeça até agora.
Encontro uma pessoa que não via a pelo menos 6 anos e nos 5 minutos que ficamos juntas ela me "passa" um recado desse...e o pior é que tem tudo a ver com o que venho pensando desde o começo dessa semana, sobre construir, contribuir, sobre o bem...
Pensar direitinho que o instante vivido não volta mais (esse mesmo em que você lê esse post, ele vai passar, não existirá, nunca mais acontecerá, foi-se!) e que cada minuto passado é um minuto a menos vivido, é meio claustrofóbico né? Mas fundo, pensando lógicamente, é essa a prática da vida: quando nascemos começamos a morrer.
Somos condenados a essa triste sentença no momento em que começamos a viver.
E pra mim está sendo muito importante pensar com mais calma nisso ultimamente.
Chego cada vez mais a forte conclusão de que não posso perder meus minutos, minhas horas, minha vida, com desavenças, contragostos ou rancores.
Outra coisa, não posso ficar por aí arriscando-me a todo momento, não posso arriscar esse instante que não volta mais com uma lembrança que não me traga felicidade, positividade, alegria. Não posso, não dá mais.
Meu tempo é valioso porque é finito, é efêmero e se eu pensasse mais assim o empregaria
somente com sabedoria .
Muita gente pode ler esse post e pensar: "pronto, era só o que faltava, ela agora vira um robôzinho de vez: anotando, planejando e sistematizando todos os passos que der porque se não, estará mal os empregando..."
Conforme venho dizendo nesse blog, tenho minha maneira de buscar ser feliz. E não posso ser condenada por isso. Aliás, eu mesma já me condenei muito por querer ser sempre acertiva e querer sempre que tudo gere os melhores frutos.
Mas é pecado querer o melhor pra mim, pras atividades em que eu me envolvo, pros meus relacionamentos, pros meus amigos e parentes, pra meus alunos, pra minha vida e para os que me arrudeiam? É pecado?
É pecado planejar para que tudo der certo, para que meus instantes sejam sempre utilizados com algo útil e produtor consequentemente de felicidade e satisfação plena? Estou errada por isso?
Sei, não sou santa - apesar de as vezes parecer demagogia esse discurso de bem por mundo e paz mundial... mas dá licença, será que chegamos num estágio tão perverso no nosso planeta, onde desejar sempre colher bons frutos tornou-se hipocrisia ?
Quer dizer que o certo é perder meu tempo apostando sempre no escuro ou na sensação proporcionada, do que pensando em construir alguma coisa ou em contribuir com algo durante esse momento vivido ? É isso o certo ? É hipocrisia querer ser feliz sempre, em todos os passos que eu der?
Alcançar somente a felicidade é dificíl eu sei, entretanto mais vale a pena perder meu tempo arriscando-me a pular de asa delta com os aparelhos necessários, do que simplesmente me jogando no abismo, ou não vale?
E quem foi que disse que não gosto de novidades, de ser surpreendida, de aventuras e do não planejado, do "Deixa acontecer naturalmente" ?
Pelo contrário, acho que uma das melhores coisas da vida é mudar.
Agora, uma coisa é mudar tentando sempre melhorar, crescer e renovar. Saber que essa mudança pode te levar a lugares melhores e te trazer paz. Outra bem diferente, é mudar porque "tava enjoada", "cansei", "dando uns pulos eu chego lá".
E o problema é que nem sempre a gente vê mudança nas mesmas oportunidades. O que pra mim pode parecer uma boa chance pra mudar, pros outros pode parecer uma tolice. Cada um sabe do seu eu. Cabe a gente tentar é ser mais tolerante buscando compreender mais os valores dos outros.
Não é uma questão de ser melhor ou pior, a questão é que somos diferentes. Todos nós. E o segredo de tudo, o "X" da questão, é saber lhe dar com as nossas diferenças porque uma pessoa igualzinha a gente ía ser um saco!(painho devia escrever um livro né?).
Vamos gastar nossos ímpares minutos com o que nosso coração quiser, sabendo equilibrar as emoções com as razões, é essa a jogada.
É a tal busca pelo "caminho do meio".
Pelo nem 8 nem 80 sabe?
Afinal, não volta mais, é só esse, só tem uma chance, só temos uma vida.
Equilibrio, é o segredo de tudo.

(Lú, Kaka, Nane e Cassinha ai de mim hipopótoma sem vcs ursinhas, rsrs.)

MARI

2 comentários:

Anônimo disse...

ai que lindo sou uma ursinha...
vc eh minha npopotama predileta entaum ^^

não sei o que seria de mim sem vcs tb... apesar de poucas vezes nos encontrarmos.

Kalinne Arcoverde disse...

Ow que coisa mais chorável!!!
Não sei o que seria de mim sem minhas ursinhas!!
Beijos
Amuh