terça-feira, 10 de março de 2009

Não começe e o que não poderá terminar.

Terminar. Acabar. Encerrar.

Pra mim, as coisas literalmente só terminam quando acabam.
(e uma coisa é acabar de supetão, de qualquer jeito, acabar inacabando... e outra é acabar encerrando, segura do que faz).
Estou convivendo de perto essa semana, com essa bendida sombra, a do terminar.
Como é difícil terminar, dar um fim, colocar um firme pontinho no último espacinho da linha.
Há uma pessoa, muito importante, que a anos busca livrar-se de um vício, o de fumar.
Essa pessoa é extremamente: firme, determinada, concentrada, justa e inteligente. Todavia, apesar de admitir o vício e de tentar termina-lo, não consegue fazer sua vontade ser superior ao mesmo.
É triste demais ser racional quando penso nesse assunto: mas sei, e a pessoa também, que ela está pondo fim a sua própria existência. O cigarro é como ácido corrosivo que a longo prazo vai fazendo a criatura minguar e minguar...
As pessoas me perguntam: "Você não bebe porque?", "você não fuma, porque?", " a vai...só um golinho..."
A minha vontade é de ser curta e grossa: " porque não estou a fim de me matar da licença? Porque não quero ingerir ou absorver uma substância que não me acrescenta NADA, pelo contrário, diminuirá meu tempo junto aqueles que amo".
Eu não tenho o poder de arrancar da mão de ninguém a seu copo ou seu cigarro, pena.
Mas adimitamos:sobre essa questão as pessoas geralmente não conversam muito, saem sempre pela culatra...quem é que vai querer admitir que está se auto-destruindo e que está deixando de ser - através de suas próprias mãos?
Eu não importuno ninguém.
Cada um tem escolhas, caminhos a percorrer, e a gente vai pelo que nos é mais correto.
Será que é tão complicado entender que o meu caminho é diferente do seu? Que eu não preciso de uma tragada ou de um copo na mão pra me divertir e ser feliz?
Me respeite. Se eu sou mais racional do que você é problema meu, não fique me empurrando pro seu vício, não fique querendo dividir comigo a sua culpa, o seu receio... se você começou, deveria saber que seria complicado terminar.
Esse post é com certeza pra todas aquelas pessoas que tem um vício, e seja ele qual for.
Eu sei o que ter um vício, porque sempre convivi com pessoas que os tinham, e é triste ver homens bem casados, com filhos, respeitadíssimos na profissão, ou mulheres capazes, cheias de iniciativa, com um super potencial se auto-finalizarem...
eu não vou deixar isso acontecer comigo, você vai? Você vai?
Sinto muito se para muitos sou ultra racional e não saio de me mim nunca, mas garanto que sei a fórmula certa-e pode ter certeza que não é química e nem faz mal- para descontrair, para relaxar e para divertir, sem precisar me deixar, me abandonar, "me terminar"...
Outros 2 episódios (além desse) sobre o término, o fim, estão me corroendo últimamente.
Tenho o direito de chorar, de ficar triste, de temer, de me magoar...tenho sim. Todo mundo tem.
Mas como disse num post a pouco tempo, depois da tristeza eminente, é preciso ser forte e saber fazer-lhe frente, por pior que tudo pareça.
Eu não vou desistir de ninguém, até o último minuto há esperança!
Meus pensamentos e energias serão a todo momento, na intensão de que tudo volte ao normal, como nunca deveria ter deixado de ser.
E sei:
POSSO ATÉ NÃO SABER O QUE QUERO, MAS O QUE NÃO QUERO TENHO CERTEZA!
Só começo aquilo que sei que posso terminar em paz.
MARI

3 comentários:

Kalinne Arcoverde disse...

Esse é um lado poliana de ser... não saber o que se quer, mas saber o que não quer!
Amo vc
=*

Mariana Dore disse...

Eu sempre digo isso, Mari. Não sei o que quero, mas sei exatamente o que não quero.
E sobre esse post... numa interpretação meio tronxa, acabei me identifcando...
=*

;D

Unknown disse...

Boa prima, essa sua ideia de viver a vida é simples, porem vai direto ao ponto, te adoro, bj!