terça-feira, 3 de abril de 2012

Mudança de Hábito

É engraçado como a nossa vida vai caminhando e tomando seus próprios rumos,
muitas vezes antes mesmo de que sejamos capazes de dar nossos próprios passos.
Quase sempre sinto como se eu não tivesse nem tempo de pensar, de escolher.
É como se o caminho já estivesse traçado, as expectativas já estão rolando e
quando a gente se dá conta, o rumo já foi tomado sem que você pudesse de fato
ter escolhido verdadeiramente e autonomamente
o que realmente VOCÊ GOSTARIA de fazer.
A sociedade espera que hajamos de determinada forma, e acaba criando mecanismos,
sistemas e formas que nos levam a seguir um caminho já traçado.
Na verdade, hoje já não é nossa escolha pessoal seguir por aqui ou por alí,
temos escolhido simplesmente o que deve ser feito.
Escolhemos o normal,o "correto".
Mas é correto pra quem?
Pro mundo, pros outros, pro prestígio de A ou B... e até pro meu próprio bolso - que seja.
Mas o que está em jogo afinal? Minha conta bancária, o prestígio de alguém
(ou até o meu) ou a minha verdadeira realização?
O que mais me aborrece, é que o que é "bem sucedido" pro mundo,
não TEM QUE SER bem sucedido no MEU ponto de vista.
Mas as pessoas não entendem isso.
E o fato de eu não considerar SUCESSO da mesma forma que vc,
ou o mundo espera, não me faz menos responsável, normal ou capaz.
Se pro mundo ser "bem sucedido" é acumular títulos mil e ganhar 7 mil por mês
e pra mim "bem sucedido" é ser realizado - vendendo laranja na feira
e ganhando um salário mínimo se for preciso - não me recrimine, não me diminua.
Pensamos de formas diferentes, discordamos. É só isso.
Mas procure, no mínimo, me respeitar.
O que eu quero é me realizar seja onde for ou fazendo o que for.
Não tenho vergonha de admitir um erro, de mudar de caminho.
Qual o problema de seguir, seguir e seguir e perceber que segui
pelo caminho errado e por isso, é hora de mudar de rumo?
Nossas carreiras não devem se transformar em prisões,
em muralhas ou cabrestos. O conhecimento deve é ampliar nossas perspectivas e sonhos.
Nossas carreiras devem ser nossas oportunidades de libertação.
Se assim não o for, de que adianta "SEGUIR CARREIRA" encarcerada num mundo
onde os outros esperam que eu esteja mas eu mesma, não me identifico de forma alguma?
Vale a pena vender a felicidade pessoal em troca da conveniência social?
Eu acho que não.
MARI.

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