quinta-feira, 11 de abril de 2013

Dançando para não dançar


Hoje eu tava lendo a "Istoé" e tinha lá uma moça dizendo:
"sou muito sortuda, acordo todo dia para ganhar dinheiro com o que eu mais amo fazer: voar.
Eu ganho para me divertir, para ser feliz"
(ela é instrutora de voôs de asa delta).
Numa outra revista, era o ator Rodrigo Lombardi (o Theo de Salve Jorge) dizendo que já comeu o pão que o diabo amassou, mas que hoje ele enfim trabalha se divertindo e acorda ansioso por mais um dia de "trabalho".
Eu confesso que desde o 3º ano do Ensino Médio, numa conversa sobre vocação em sala de aula,
que eu "me persigo" com essa indagação:
"o que me faz feliz? Terei mesmo que trabalhar com alguma coisa que me faça vibrar,
que me deixe ansiosa pelo dia seguinte?".
Achava logicamente que sim. E hoje, acho ainda mais.
A questão é que a indagação hoje virou um tando de medo.
Isto por que tenho investido tempo, energia, sonhos e esforços de todos os tipos
numa área que gosto muito... mas será que basta "gostar muito"? Não seria preciso amar?
Será que daqui a 10 anos eu vou, no mínimo, continuar gostando muito?
Essa dúvida eterna me pertuba tanto...
E pertuba ainda mais quando volto para o meu "outro eu"... para a arte, para a dança.
Estaria eu no lugar errado estes anos todos?
Estaria eu deixando de ser realmente feliz?
Não sei... e esse não saber me mata.
Mais uma vez eu volto a esta "eterna crise". Desta vez por que vou fazer um trabalho pontual
com dança nestes dias... e é nítida minha mudança de ânimo, de interesse, de empolgação, de imaginação de tanta coisa... Teria eu que "dançar para não dançar"... ó dúvida cruel...
MARI
:/

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