domingo, 15 de maio de 2011

...de qualquer forma, condenados.

As vezes me falta ânimo de ser, falta mesmo.
Chego a pensar se há necessidade...
Para que? Se de uma forma ou de outra estaremos sempre condenados mesmo?!
Pelo menos pra mim, a verdadezinha tem sido essa.
Não há o que se faça, os julgamentos alheios parece que sempre encontram
uma maneira de te condenar.
E não venha me dizer que simplesmente não se importa com o que os outros
dizem ou pensam.
Afinal coleguinha, vivemos em coletividade e INFELIZMENTE,
infelizmente mesmo por tantos aspectos, a opnião alheia precisa ser considerada,
nem que seja politicamente - se é que me entendem.
Ninguém pode viver sozinho, trancado e isolado
(que apesar de tudo, é meu maior desejo nos últimos meses).
Mas como viver em sociedade se não se adapta a ela e
a seus constantes e violentos julgamentos?!
As chego a sonhar acordada comigo numa praia assim, praticamente deserta.
Onde quase ninguém me conhece além dos pescadores locais.
Lá, eu tenho um quiosque modesto e refresco os eventuais turistas e surfistas
que descobrem o longíquo retudo...
Sonho demais com isso...muito mesmo.
E já me vi em diversas situações nesse local, onde meus maiores companheiros
seriam a natureza, o mar e os bichos.
E olha que eu nem faço muito o perfil "amante declarada da naturaza" -
apesar de super reconhecer e defender sua importância, preservação e necessidade...
Aliás, ultimamente tenho sonhado com tanta coisa, mas acordada, bem acordada.
Sonho e me vejo num lugar distante, bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbem longe mesmo.
Onde eu não conheça quase ninguém, onde eu viva de recepcionar as pessoas
e de bem servi-las de alguma maneira.
Ora estou trabalhando num quiosque, numa pousada, ora num aeroporto, ora num orfanato...
Mas de comum, as situações me apontam sempre a distancia de qualquer pessoa ou local
familiar e a transitoriedade das pessoas com as quais convivo.
Penso realmente que era disso tudo, o que eu mais precisava nesse momento.
E juro que não exitaria em pedir exatamente isso ao gênio da lâmpada caso ele me
aparecesse imadiatamente:
"me leva pra longe, bem longe daqui. Faz com que as pessoas não fiquem, faz com que passem por mim. Faz com que eu as sirva e que levem da estadia junto a mim só lembranças positivas, mas que vão embora quando ainda estiver tudo bom, tudo bem".
Se não há atitude que não possa ser vista ou imbuida de interesses políticos,
se nada pode ser dito, feito ou planejado de coração simplesmente...
De que adianta ser? Se já estamos condenados às conveniências e as desconfianças alheias?
Se já estamos sendo alvo de manipulações ou somos temidos manipuladores?
Que mundo é esse onde não se acredita, simplesmente, em mais ninguém?!
Estou tão farta da minha ingenuidade, de ser assim como sou.
E principalmente, de não conseguir, de maneira nenhuma, "entrar na dança".
Se assim o fosse, seria tudo tão mais simples, mais fácil.
Estou farta de ser um declive, de ser a pedra no meio do caminho.
Estou farta de me sentir deslocada e de não me sentir feliz.
Não vejo outra saída a não ser rezar e torcer para que o tal gênio não demore.
Sim, porque ao mesmo tempo em que me sinto "pedra",
também não consigo me adaptar e então, essa situação toda tem me matado
aos poucos, todo dia, todo dia, todo dia.
E tenho medo, que de mim, nada reste.
Porque sei: é triste ser cético, e não quero um dia ser assim.
MARI
:(

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